Foi marcada para o dia 19 de outubro de 2022 a decisão da justiça holandesa sobre jurisdição para o processo movido por quilombolas e povos indígenas do município brasileiro de Barcarena (PA) contra a gigante norueguesa do alumínio Norsk Hydro. O processo busca reparação para milhares de pessoas da Amazônia que tiveram sua saúde e sustento destruídos pela poluição. Em audiência realizada na última sexta (24), em Roterdã, nove moradores de Barcarena, incluindo a presidente da associação Cainquiama, que representa 11 mil pessoas (entre quilombolas e povos indígenas), apresentaram seu caso contra o grupo Norsk Hydro ao tribunal em Roterdã. Os autores do processo judicial buscam responsabilizar a Norsk Hydro pela poluição de terras, rios e poços com metais pesados e outras substâncias, prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. A poluição está ligada às atividades de produção de alumínio da Norsk Hydro no Pará. O processo busca estabelecer a responsabilidade da empresa por pelo menos dez desastres ambientais relacionados à produção e mineração de alumínio nos locais onde a empresa atua. O mais recente, em fevereiro de 2018, resultou no derramamento de uma grande quantidade de lama tóxica dos reservatórios das operações da Alunorte e Albrás, que continham resíduos e tornaram os rios vermelhos. As empresas rés no processo da Holanda são: -Norsk Hydro ASA — Controladora, com sede em Oslo, Noruega -Norsk Hydro Holland BV -Hydro Aluminium Netherlands BV -Hydro Aluminium Brasil Investment BV -Hydro Alunorte BV -Hydro Albras BV -Hydro Paragominas BV -Folketrygdfondet – Empresa estatal norueguesa que controla o Fundo de Pensão do Governo da Noruega, que é acionista da Norsk Hydro ASA.
Sobre o PGMBM PGMBM é uma parceria única entre advogados britânicos, brasileiros e americanos motivados a defender vítimas de grandes corporações. Com escritórios na Inglaterra, Escócia, Estados Unidos, Holanda e Brasil, o escritório é especializado em casos de poluição e desastres ambientais originados no Brasil e em outras partes do mundo. O PGMBM também está na vanguarda de reivindicações de consumidores no Reino Unidos, que incluem processos contra Volkswagen, Mercedes, British Airways, EasyJet, Bayer AG, Johnson & Johnson e outras grandes empresas multinacionais. |