ELA CHEGOU; A FEBRE DA MOSCA
ESTADO DO PARÁ
PARÁ entra em alerta após confirmação de casos de VIROSE DA MOSCA.
Com casos registrados em BELÉM, ANANINDEUA, FORTALEZA (CE) e outras localidades, a “virose da mosca”, como é popularmente conhecida a Doença Diarreica Aguda (DDA), começou a preocupar. A doença é chamada vulgarmente desta forma, pois é disseminada por esses insetos, que também são os responsáveis pela transmissão.
As moscas transportam microorganismos para os alimentos consumidos pelos humanos, alastrando a doença, que se manifesta, principalmente, por meio de sintomas como diarreia e, também, gastroenterite aguda (irritação e inflamação do tubo digestivo), como apontam especialistas.
O médico infectologista Alessandre Guimarães, de Belém, vinculado ao Hospital Barros Barreto, detalha que o quadro de gastroenterite pode durar períodos curtos — em média 2 a 5 dias. Ele alerta que os casos mais graves da doença podem evoluir para desidratação.
“Dependendo da condição imunológica e nutricional do indivíduo, pode até mesmo advir ao óbito (extremos de idades, moradores de abrigos, com elevada dependência, estados de caquexia, indígenas, etc)”, detalhou o médico.
“A ‘virose da mosca’ ficou conhecida assim mas nem sempre é causada por vírus. Algumas bactérias, fungos e, até mesmo, alguns vírus, têm grande facilidade de se aderirem às cerdas destes insetos voadores que pousam em detritos orgânicos e pousam, a seguir, em alimentos, estabelecendo o ciclo de transmissão. Então, a mosca em si, não causa a doença, mas sim os micro-organismos que ela carrega”, explicou Alessandre.
O médico explica ainda que o período de chuvas é sempre o mais propício para a proliferação da doença. “Somada às questões que envolvem as más práticas de descarte de resíduos, assim como falta de saneamento básico adequado, essa época gera o cenário ideal para a proliferação das moscas e das doenças que elas carreiam”, complementa o especialista.
Quais os sintomas da Virose da Mosca?
De acordo com Alessandre, grande parte dos sintomas observados nos pacientes são gastrointestinais. O médico expressa que a doença não é potencialmente perigosa, mas que é evitável. O quadro pode durar de 1 a 5 dias. “O paciente tem náuseas, vômitos, que podem ser incoercíveis desidratação, além, é claro, de cólicas abdominais e diarreia, com consistência bem liquefeita”, frisou.
Algumas pessoas, no entanto, não manifestam quadros extremamente graves, comenta o virologista Caio Botelho, do Centro Hospitalar Jean Bitar. “Há pessoas que apenas têm um mal-estar com flatulência e um pouco de amolecimento das fezes e nada mais do que isso. É autolimitada [a doença]”, disse. No entanto, crianças e idosos devem ter maior atenção diante desses casos, já que são mais vulneráveis, segundo a avaliação do médico.
fonte: DEBATE CARAJÁS
BLOG DO JOSÉ AUGUSTO