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Feminicídio: Dia Internacional da Mulher é data simbólica para discutir tema que tem apresentado aumento nos índices no Brasil 

 

UniBH, em parceria com o curso de Educação Física, vai oferecer um aulão aberto para a comunidade de Defesa Pessoal

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é uma data para reconhecer o valor do feminino na sociedade, mas também ainda é uma data de reparação, de reflexão e tomada de atitudes na defesa das mulheres. Apesar de maioria no Brasil (quase 5 milhões a mais que os homens, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), vários são os desafios a serem enfrentados pelas mulheres ainda em 2023.

Em Minas Gerais, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros.  Em todo o Brasil, somente em 2021, 3.878 mulheres foram vítimas de homicídio. Os casos registrados como feminicídio, que é quando a vítima é assassinada pelo fato de ser mulher, chegaram a 1.341, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Outro ponto dramático e que muitas vezes escapa no combate à violência contra mulher é a proteção das meninas e adolescentes, as maiores vítimas de estrupro no país. Em junho do ano passado, o Anuário mostrou que, somente em 2021, mais de 52 mil brasileiras foram estupradas, 70% menores de 14 anos – ou seja, pessoas incapazes, perante a lei, de consentir ao ato sexual.

Até quando? Por que?

Na era da informação, onde está o erro para essa realidade ainda existir? O que está sendo feito de errado ou não está sendo feito?  Essas e outras perguntas vêm logo à mente após ler tal dados citados acima. Por isso, neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é uma data simbólica perfeita para trazer este debate à tona, tanto no aspecto jurídico, psicológico e assistencial.

Seguem sugestões de especialistas no tema disponíveis para entrevistas:

Direito

Profª: Luciana Cristina de Souza –  Doutora em Direito, Professora de Direito Constitucional do Mestrado da Faculdade Milton Campos.

Psicologia

  • Profª: Simone Francisca de Oliveira – Mestre em psicologia social e professora do UniBH. Contribuiu com pesquisa da Fiocruz/MG na abordagem: “Dicionário Feminino da Infâmia: Acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência”.

 

Aulão aberto de Defesa Pessoal para mulheres 

O UniBH, em parceria com o curso de Educação Física,  vai oferecer um aulão aberto para a comunidade de Defesa Pessoal. Visto o aumento no caso de feminicídios, melhor do que oferecer flores para as mulheres é proporcionar segurança. Por isso, amanhã (8), às 18hno Campus Buritis, na Av. Professor Mário Werneck – 1685, eles vão oferecer essa aula para quem quiser participar, tanto para as alunas quanto para as suas irmãs, mães e amigas.

Na aula de Defesa Pessoal, utiliza-se técnicas simples e evita-se movimentos muito complexos, mas que podem fazer a diferença entre a vida e a morte durante um ataque

Serão ensinados movimentos de bloqueios, retenções e alavancas para dominar o adversário o mais rápido possível, encurtando o tempo de combate, com o objetivo de evitar riscos e se desvencilhar o mais rápido possível.

As interessadas devem fazer inscrições pelo link:

https://forms.gle/GH1vcCjrp45EAyiu9