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Cid Moreira deixa legado para jornalismo e lembranças de muitos brasileiros

 

Fonte: Lucia Santa-Cruz, professora de história do jornalismo da ESPM 

Cid Moreira, que morreu hoje, 03, aos 97 anos, não representa apenas uma figura emblemática da televisão, mas também um símbolo de credibilidade e profissionalismo em um período em que o telejornalismo se consolidou como a principal fonte de informação para a população brasileira.

Segundo Lucia Santa-Cruz, professora de história do jornalismo da ESPM, Cid Moreira iniciou sua carreira no rádio, em uma época em que a voz grave e impostada era um pré-requisito para locutores. “Mais tarde, ele se tornou amplamente conhecido como o rosto do Jornal Nacional, primeiro telejornal transmitido em rede nacional no Brasil, em 1969.” No comando do Jornal Nacional, Cid Moreira permaneceu por 26 anos, apresentando aproximadamente 8 mil edições do noticiário. Durante esse tempo, Cid foi testemunha e narrador de momentos decisivos da história brasileira, incluindo o processo de redemocratização após a ditadura militar.

“A maneira como apresentava as notícias — com tranquilidade, precisão e um tom assertivo — o transformou em uma voz de confiança para milhões de brasileiros e uma referência no jornalismo”, diz Santa-Cruz. “Cid não apenas transmitiu informações, ele ajudou a moldar a percepção pública sobre eventos significativos.” Para muitos, a voz de Cid Moreira está associada a momentos marcantes da história do Brasil. Sua narração, sempre solene e precisa, estabelece uma conexão emocional e única com o público.

A professora também ressalta que o legado de Cid Moreira vai além do telejornalismo. “Ele se destacou em projetos de narração bíblica, que alcançaram grande popularidade no Brasil, além de seu trabalho como narrador de documentários. Sua voz continua sendo referência em diversas áreas, como a publicidade e a produção de conteúdo audiovisual.”

 

A especialista está disponível para entrevistas.

 

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