Rodoviária de Belo Horizonte completa 54 anos com avanços na infraestrutura e serviços Mais que um ponto de partidas e chegadas, terminal se consolida como referência em mobilidade e inovação

No dia 9 de março, O Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), conhecido como a Rodoviária de Belo Horizonte celebra 54 anos de história, reafirmando seu papel fundamental na mobilidade urbana e no transporte rodoviário do estado. Mais do que um local de embarques e desembarques, ele se tornou um ponto de conexão entre pessoas, culturas e destinos, garantindo conforto, segurança e eficiência para milhões de passageiros ao longo das décadas.

Inaugurada em 1971, foi a primeira do Brasil a ser instalada em uma capital e, desde setembro de 2022, sua gestão está sob responsabilidade da Terminais BH, por meio de concessão firmada com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra). O contrato prevê investimentos expressivos na modernização, incluindo melhorias estruturais e tecnológicas que garantem mais eficiência e comodidade aos usuários.

De acordo com a diretora executiva da Terminais BH, Vanessa Costa, o lugar faz parte da história da cidade e da vida de milhões de passageiros que circulam por lá todos os dias. “Desde o início da concessão, estamos promovendo melhorias significativas para oferecer mais conforto, segurança e eficiência. Com investimentos contínuos, modernização da estrutura e implementação de novas tecnologias, seguimos transformando a experiência dos usuários e consolidando o terminal como um hub de mobilidade essencial para Minas Gerais e para o Brasil”, destaca.

De janeiro a dezembro de 2024, a Rodoviária de Belo Horizonte registrou um aumento significativo na movimentação de ônibus e passageiros. O número de partidas cresceu aproximadamente 10% em relação ao mesmo período de 2023, passando de 166.156 para 181.996 ônibus. Já o volume de chegadas aumentou 7%, subindo de 167.299 para 179.115 ônibus. Ao todo, circularam por lá 361.111 ônibus rodoviários entre partidas e chegadas. Considerando a média de 14 metros por carro, temos 5.025 km, que dá uma distância de BH ao Canal do Panamá, se colocarmos todos estes ônibus em linha reta.

O fluxo de passageiros também acompanhou essa tendência de crescimento. O volume de embarques aumentou 3% (de 3.547.205 para 3.668.431 pessoas), enquanto os desembarques cresceram 2% (de 3.557.049 para 3.612.677 passageiros). No total, foram registrados 7.281.108 passageiros em 2024, um acréscimo de 176.860 passageiros em comparação a 2023.

Atualmente, o local movimenta uma média de 602.000 passageiros por mês e cerca de 20.000 passageiros por dia. O terminal conta com dezenas de   operadoras de transporte atuando diariamente, além de uma estrutura composta por plataformas de embarque e desembarque que suportam a intensa movimentação de viagens. Além disso, uma equipe de funcionários dedicados garante o funcionamento eficiente do espaço e o atendimento adequado aos usuários.

Desde o início da concessão, em setembro de 2022, já foram investidos mais de R$ 14 milhões até o final do ano passado. O plano de investimentos ao longo dos 30 anos de contrato prevê um total de R$ 122 milhões em melhorias estruturais, tecnológicas e operacionais, com foco na segurança e na experiência dos passageiros.

Entre as principais melhorias realizadas no segundo ano de concessão, destacam-se:

Desde o início da concessão, diversas iniciativas foram implementadas para oferecer mais conforto e acessibilidade aos passageiros. Entre elas, destacam-se:

Com aproximadamente 20 mil passageiros circulando todos os dias, o local opera com 988 viagens e uma equipe composta por 880 profissionais, sendo 167 somente da Terminais BH, trabalhando em turnos, fazendo com que o terminal funcione 24h por dia, 7 dias por semana e 365 dias no ano. O espaço conta com 16 plataformas de embarque (48 partidas simultâneas) e 16 de desembarque, 58 operadoras de transporte rodoviário, 61 lojas, 118 bilheterias e 880 funcionários empenhados em garantir a eficiência dos serviços e o bem-estar dos usuários e muitas histórias de gente que embarca, desembarca ou até mesmo, aqueles que estão lá apenas de passagem ou para observar a movimentação.

Frequentador assíduo da rodoviária, o morador de rua, que não quer ser identificado conta que vem à rodoviária há três anos e que lá encontra não apenas um espaço de passagem, mas um local de observação e reflexão. “A rodoviária me lembra muito a ideia de ‘lugares e não lugares’, um ponto de trânsito onde pessoas chegam e partem, cada uma com sua história”, conta. “Aqui, além de utilizar a infraestrutura, como o Wi-Fi, também realizo minhas atividades acadêmicas e antropológicas. Nesse tempo, presenciei diferentes realidades e conversas inusitadas com passageiros e moradores de rua que compartilham esse espaço. Para mim, a rodoviária é mais do que um ponto de chegada ou partida, é um microcosmo da vida urbana, onde histórias se cruzam todos os dias”, completa.

Outro que vai à rodoviária diariamente é o ex-militar, Mucio Pereira da Silva de 42 anos. Ele conta que visita o local há mais de 30 anos e que acompanhou de perto todas as mudanças que aconteceram. “Antes, o espaço era muito diferente, com aqueles bancos vermelhos antigos e pouca estrutura. Hoje, vejo como a rodoviária está mais organizada e acolhedora”, destaca. “Venho aqui todos os dias para encontrar amigos, conversar e aproveitar o ambiente. Para mim, a rodoviária não é só um ponto de passagem, é um lugar de convivência, onde me sinto bem e à vontade. É um espaço que faz parte da minha rotina e da minha história”, completa.