Médio Piracicaba

AS MELHORES CHANCES DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO

 

Resumindo a série de postagens, o que me preocupa com a iniciativa de buscar faculdades para São Gonçalo, primeiro é o mercado restrito, já que a cidade tem apenas 12 mil habitantes. Sendo uma federal, óbvio, pode atrair alunos de outras cidades, que reforçaria a economia local.

Mas vamos pensar fora da caixinha… se você, leitor, fosse um Ministro da Educação, liberaria um curso superior ou de pós-graduação para Itabira (Unifei, Una, Unifuncesi), João Monlevade (Ufop, Uemg, Doctum) ou São Gonçalo, que são cidades com 120 mil, 100 mil e 12 mil habitantes, respectivamente? Liberaria recursos para duas cidades com projetos mais avançados, ou para uma nova cidade sem público-alvo? São essas as cidades concorrentes muito próximas. Outros problemas são os tamanhos dos campus concorrentes já edificados e o fato de Itabira já chegar com quase 50 anos de frente em termos de know-how, já relatados nos artigos anteriores.

Já falei isso para o Nozinho e boto maior fé que ele tem tudo para fechar mais um mandato com louvor. São Gonçalo tem muito dinheiro. Per capita, São Gonçalo coloca, com vantagem, qualquer outra cidade mineira no bolso.

A questão é que abrir muito o foco numa gestão, faz perder muito tempo e dinheiro, além do incremento dos riscos de sucesso. Eu recomendaria o município atrair mão de obra pronta e investir pesado em start-ups de tecnologia, logística e agronegócio familiar, como fez com maestria semanas atrás. O Start foi um sucesso e um senhor diferencial na região. E olhem, foi apenas o princípio, um primeiro passo que tem tudo para crescer exponencialmente e atrair start-ups centradas nestes três eixos acima de desenvolvimento, como bem destacou o prefeito durante o evento. Não tenho dúvidas que São Gonçalo tenha as melhores chances com este investimento em busca da sustentabilidade.

Em paralelo, defendo que o município ofereça todas as condições para os são-gonçalenses estudarem fora. Falo de bancar os cursos de graduação e pós para quem puder trazer resultados para a cidade, com transporte e bolsas de estudo condicionadas a aprovação mínima de 70% na média.

Ao trabalhar em sinergia, as forças se somam. O melhor caminho é este atalho. São Gonçalo ganharia um elenco técnico com nível superior qualificado em muito menos tempo, as faculdades da região teriam melhores condições de desenvolver e crescer com renda extra garantida, com a vantagem de ainda o município acelerar bastante suas metas em busca da sustentabilidade. Sem falar que sairia na frente, exatamente, na iniciativa frustrada de Itabira, que bobeou ao não apostar firme no I-Tec, que seria um belo parque tecnológico. Itabira perdeu a vez. Está aí o cavalo passando arreado para Nozinho.

No mais, é preciso atenção. O atual governo já assumiu obras e ações grandes o suficiente para marcar (e bem) este mandato. Nozinho tem mais uns 2 anos e meio construir o Parque Municipal, reformar a Estação Ambiental do Peti, que foi entregue em péssimo estado pela Cemig, achar um plano mitigador para as enchentes, realizar as obras do trevo da BR-381 (que é bem grande), fazer a avenida do Contorno-Leste, executar 4 pavimentações de estradas rurais prometidas, além de várias outras demandas de educação, saúde, habitação, trabalho e renda.

Se o prefeito concluir o parque municipal, os 4 asfaltamentos rurais, a avenida do Contorno-Leste e o trevo na BR-381, terá garantido 7 marcos importantes e com excelentes visibilidades para este mandato. Já se atrair umas 20 start-ups, meu Deus, ninguém mais segura São Gonçalo!

Pega esta visão, pessoal! Boa sorte e estamos juntos!

 

 

Por Fernando Martins