Política

Embarcações transportam eleitores gratuitamente em local onde ponte desabou no AM, diz governo

AMAZONAS AM

 

A ponte que ficava sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro, deixando quatro mortos, 14 feridos e um desaparecido.

 

Após queda de ponte na BR-319, travessia é feita por lanchas no Rio Curuçá, no Amazonas. — Foto: Arquivo/Secom

Eleitores do Amazonas estão sendo transportados gratuitamente entre as margens do Rio Curuçá, na BR-319, onde uma ponte desabou há mais de um mês, neste domingo (30), segundo turno das eleições. A informação é do Governo do Estado.

O rio fica no território do Careiro da Várzea (cidade a 25 quilômetros de Manaus). A ponte que ficava sobre o Rio Curuçá desabou no dia 28 de setembro, deixando quatro mortos, 14 feridos e um desaparecido. Duas semanas depois, outra ponte caiu na BR-319, desta vez, sobre o Rio Autaz Mirim.

Balsa ainda não entrou em operação
Na semana passada, uma balsa chegou ao local para restabelecer a travessia de pedestres e veículos, mas o tráfego ainda não foi liberado.

“De acordo com informações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a balsa que será colocada no local ainda não está apta para travessia, pois precisa ser ancorada por cabos, que vão sustentá-la durante a operação”, destacou o Governo do Amazonas.

Até agora, não há definição sobre cobranças para a realização da travessia na balsa. “O Governo do Amazonas adianta ser totalmente contra, e caso isso aconteça, está pronto para intervir para que essa cobrança não seja efetuada”, disse o Estado.

Queda das pontes
Em um intervalo de 10 dias, duas pontes desabaram na rodovia federal – a principal via de acesso terrestre do Amazonas para outras regiões do país, em um intervalo de dez dias:

No dia 28 de setembro, a ponte sobre o Rio Curuçá despencou, deixando quatro mortos e mais de 10 feridos. Uma pessoa segue desaparecida.
Já no dia 8 de outubro, a apenas 2 quilômetros do local onde ocorreu o acidente, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim desabou poucas horas após ser interditada. Ninguém ficou ferido.
Prejuízos
Além de afetar mais de 100 mil pessoas, a queda das pontes vem provocando desabastecimento de alimentos e remédios em três cidades do Amazonas: Careiro da Várzea, Careiro – conhecido como Careiro Castanho – e Manaquiri.

“A minha moto ficou embaixo de um pé de mangueira do outro lado, porque aqui o acesso ainda não foi liberado. Mas é difícil tu subir e descer barranco. Não é fácil. Estou bem cansada”, disse a técnica de enfermagem Rosa Maria, que precisa atravessar a ponte sobre o Rio Autaz Mirim.

Após queda de ponte na BR-319 travessia é feita por lanchas no Rio Curuçá, no Amazonas. — Foto: Secom

“Era pra ter sido mais rápido, até porque estou com um problema de saúde e preciso fazer tratamento, enfrentando o sol. Uma hora dessas era pra eu estar em casa. Triste a situação”, lamentou a agricultora Maria Socorro, que precisa fazer a travessia no trecho do Rio Curuçá.

Quem tem pousadas na região sentiu o peso dos altos custos. “Uma das partes mais prejudicadas é a rede hoteleira. Os ‘kombeiros’ que trabalham na rede de transporte, também [são prejudicados]. Somos muito prejudicados e, além de tudo, os custos aumentaram pra nós. Qualquer carreta, eles estão duplicando valor das coisas e tudo”, comentou a empresária Karolaine Oliveira, proprietária de pousada.

 

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