Fundo Patrimonial que apoia a Unicamp capta mais de R$ 1,5 milhão em menos de um ano e anuncia sua política de investimentos
![]() |
![]() |
O Fundo Patronos, endowment
Conforme o documento, os recursos deverão ser alocados em diversos ativos, entre títulos públicos, fundos de ações e fundos multimercados. “Dessa forma, equilibraremos riscos e retornos para garantir a perpetuidade do fundo, ainda mais em um momento tão volátil do mercado, como o qual estamos enfrentando”, explica Gabriel Simões, cofundador do Fundo Patrimonial Patronos.
O Patronos já arrecadou mais de R$ 1,5 milhão em seu primeiro ano de criação, graças ao esforço de uma rede formada por mais de 50 voluntários. A Política de investimentos do Patronos foi criada junto ao Comitê de Investimentos, que conta com nomes, como Otaviano Canuto, economista que foi diretor-executivo do FMI (Fundo Monetário Internacional) e vice-
Fundado em abril de 2020, o Patronos foi criado logo após o início da pandemia, por um grupo de ex-alunos da Unicamp. A iniciativa aconteceu cerca de um ano após a criação da Lei nº. 13.800, de 4 de janeiro de 2019, que estabeleceu a regulamentação para a criação de fundos patrimoniais (endowments) ligados a universidades no país.
“Olhando o valor doado em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), é importante enfatizar que o Brasil doa em média 0,2% do PIB; como comparativo, nos Estados Unidos, esse número é quase dez vezes maior”, compara Tulio Prado, presidente e cofundador do Fundo Patronos. “Contudo, acreditamos na mudança dessa mentalidade”, continua o presidente do Patronos. “Os primeiros endowments no Brasil datam de 2010, enquanto que, nos Estados Unidos, os maiores fundos iniciaram na década de 70”, conta. “No Brasil, é preciso não só divulgar a iniciativa, mas também propagar uma nova forma de olharmos para filantropia”.
As fortalezas do Patronos, segundo seus gestores, são a forte governança, a gestão de ponta, com o máximo de transparência, além da diversidade e
A equipe abraça a missão desafiadora de impulsionar projetos inovadores e inclusivos, e
É assim que o Patronos pretende fomentar uma cultura ainda incipiente no País: de unir gerações de ex-alunos formados em universidades públicas e que podem destinar parte de seu tempo e conhecimento, para enriquecer a formação de novos profissionais. “O potencial de impacto deste trabalho pode ser gigantesco, e vai além do aspecto financeiro, alavancando o poder das conexões e da cultura filantrópica que estamos criando”, afirma Tulio.
Quem faz parte do Patronos
O time de voluntários soma mais de 50 pessoas, oriundas de 12 cursos distintos, que trabalham em
Cenário dos endowments
Atualmente, as universidades federais brasileiras, bem como a comunidade científica, passam por um momento delicado, com recorrentes cortes de verbas impostos pelo governo. Além da subtração orçamentária de cerca de R$ 1 bilhão, segundo Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), recentemente, veio outro golpe brutal: no último 15 de outubro, houve diminuição de R$ 690 milhões do orçamento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, que
Realizações
Após pouco mais de um ano de atuação, o Patronos já realizou editais de apoio a projetos diversos e trabalha com a oferta de mentorias, para o direcionamento de carreiras, beneficiando atualmente 80 alunos e ex-alunos.
Entre os editais financeiros, ocorreram desde um hackathon propondo soluções para os efeitos colaterais da pandemia da Covid-19, além do apoio a atividades extracurriculares, o projeto Decola Extras, que engloba oficinas de capacitação para quase 50 organizações extracurriculares saídas da comunidade da Unicamp, e que conta, ainda, com apoio financeiro total de R$ 25 mil reais.
Mais sobre o Fundo Patrimonial Patronos:
Para saber mais e contribuir acesse: https://www.patronos.
Sobre a Unicamp: A Unicamp é a terceira melhor universidade da América Latina, segundo o ranking Times Higher Education (THE) e uma das protagonistas na produção científica nacional. Localizada no Estado de São Paulo, a Unicamp tem três campi — em Campinas, Piracicaba e Limeira — e compreende 24 unidades de ensino e pesquisa. Possui também um vasto complexo de saúde (com duas grandes unidades hospitalares no campus de Campinas), além de 23 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios técnicos e várias unidades de apoio, em um universo onde convivem cerca de 50 mil pessoas, e onde se desenvolvem milhares de projetos de pesquisa.