Música

MARÇO É DAS MULHERES NO MEMORIAL VALE

 

O mês de março no Memorial Vale traz uma programação voltada para homenagear as mulheres e encantar a todos os gêneros e gerações, com shows de música popular e instrumental, experiências gastronômicas inusitadas e muita diversão e arte com a palhaçaria feminina. A primeira atração é o Coletivo Docilaré, integrado por três mulheres sambistas de Belo Horizonte, que se apresenta no dia 9 de março. De 14 a 19 de março, acontece o Debuta – Encontro de Palhaçaria Feminina, idealizado pela atriz Janaína Morse, que celebra 15 anos de pesquisa em palhaçaria com sua palhaça Brisa. Ela irá promover ação formativa, compartilhamento de experiências entre mulheres que se dedicam à palhaçaria, e apresentações cênicas para o público adulto e infantil, tudo gratuito, dentro do projeto Contemporâneo do Memorial Vale. No dia 19 de março, domingo, haverá também a Vivência Tábula Rasa, do projeto Sensações Memoráveis, em que Joseane Jorge vai ensinar o público a desenhar e depois degustar seus desenhos, que serão feitos a partir de tintas orgânicas. No dia 25, um sábado à tarde, a alquimista e mixologista Marcela Azevedo convidará o público a experimentar drinks feitos sem álcool, criados a partir da gastronomia molecular, misturando ciência e arte. No dia 26 de março, um domingo, a contrabaixista Camila Rocha se apresentará com seu quinteto dentro do projeto Memorial Instrumental.

 

Cartografia Afetiva

O Educativo do Memorial Vale convida o visitante para uma imersão na exposição Babélica. Os artistas criam relações diversas com o espaço urbano e suas questões sociais, e o público poderá participar através de cartas deixadas escritas ou desenhadas na exposição, a partir de perguntas sugeridas pelo Educativo. A carta será entregue a outro visitante, que por sua vez, fará uma resposta. A ação acontecerá aos sábados e domingos neste mês de março, no horário de funcionamento do Memorial.

 

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.

 

 

Confira os detalhes da programação:

 

Dia 9, quinta-feira, às 19h30 – Especial Memorial Mulheres, com Coletivo Docilaré

O Memorial Vale traz em homenagem ao dia 8 de março, data que simboliza a luta histórica das mulheres pelas condições de trabalho, contra o machismo, o racismo e a violência e o feminicídio, a apresentação do Coletivo Docilaré, formado pelas mulheres negras cantoras Dóris, Cida Reis e Raquel Seneias. As canções do coletivo compõem o repertório próprio de cada uma das cantoras com temáticas e letras que falam de amor, de desejos, emoções, sonhos, tristezas e alegrias. Dóris, Cida Reis e Raquel Seneias são três mulheres sambistas que construíram suas carreiras driblando o preconceito social e o machismo no samba, utilizando diferentes estratégias para conquistar, mesmo que de forma independente, a realização do sonho de se tornarem cantoras. São artistas que se unem para juntas comandar uma roda de samba. A apresentação integra o projeto Memorial Mulheres, que tem a curadoria de Juliana Nogueira. A retirada de ingressos deve ser feita uma hora antes do evento, e podem ser retirados um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados. A apresentação é gratuita.

 

Coletivo Docilaré promove um encontro gostoso entre o Samba Canção, o Samba de Roda, o Partido Alto, o Samba Reggae e o Pagode. As cantoras apresentam um repertório composto por músicas de seus trabalhos autorais e interpretam sambas importantes do cancioneiro Brasileiro. Historicamente as mulheres negras sempre estiveram à frente no comando das rodas de samba, eram as principais propagadoras e incentivadoras das rodas, responsáveis pela alimentação de todos com seus deliciosos quitutes e saborosos pratos. Nas rodas de partido alto, determinavam quais letras e músicas teriam sucesso na avenida e vida longa no cancioneiro popular. No entanto, no início da construção deste ritmo musical elas não podiam integrar como sambistas as alas de compositores nas escolas de samba. Se nos primórdios as casas de samba instaladas nas periferias atraiam, na sua maioria, negros e negras, a partir do final do século XX e primeira dezena do século XXI, viu crescer a presença do samba nas regiões centrais e redutos da classe média, ao mesmo tempo em que se diversificou as tonalidades cromáticas nos tons de pele – no palco e na plateia – e novos sujeitos se somaram a esta modalidade musical. Porém, algo permaneceu inalterado: a pouca presença de mulheres negras no comando destas rodas. E esta ausência, fruto do racismo institucional e do machismo cultural, precisava ter fim. O principal impacto positivo deste projeto é fortalecer e legitimar a ocupação das mulheres em todos os espaços.

 

 

De 14 a 16 de março – Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina – Oficina de palhaçaria feminina

O Memorial Vale oferece de 14 a 16 de março, às 14 horas, a oficina gratuita de palhaçaria feminina, ministrada por Janaína Morse. A oficina propõe, através de jogos e improvisações coletivas e individuais, experimentar o ser e atuar como palhaça, seu universo, lugar de fala e de representação. A carga horária é de 3 horas por dia. Oficina voltada para mulheres adultas. Inscrição prévia (gratuita) pelo telefone (31) 3343-7317. Vagas limitadas.

 

Janaína Morse faz a palhaça Brisa e é a coordenadora do Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina. Iniciou a investigação na arte da palhaçaria em 2007. Participou de 2 importantes OSC’s culturais: Doutores da Alegria e Instituto Hahaha; realizando intervenções artísticas frequentes no ambiente hospitalar, como palhaça e formadora. Palhaça, nos espetáculos: Parangolé e Gastronômico com o Grupo Armatrux, de 2008 a 2011. Em 2012, estreou seu primeiro solo autoral Brisa’s Beach, espetáculo considerado um dos primeiros trabalhos solo de palhaçaria feminina de MG. Co -fundadora da coletiva artística Minha Companhia.

 

 

Dia 16, quinta-feira, às 19h30 – Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina – Espetáculo MorRir

O Memorial Vale recebe no dia 16 de março, quinta-feira, às 19h30, Daniela Rosa, Janaina Morse, Luciene Souza e Maria Tereza Costa, mulheres, artistas e palhaças com trajetórias distintas e peculiares para a apresentação de MorRir, com direção de Lily Curcio. Será um espetáculo para o público adulto, que integra a programação do Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina. As quatro palhaças jogam com a morte e com o movimento que ela traz: a dor, o apego, a partida, as burocracias, as lembranças…O que fazer quando não há palavras? O espetáculo é gratuito e é preciso retirar ingressos uma hora antes do evento, com no máximo um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados.

 

A construção do espetáculo Morrir se deu a partir da pesquisa junto a referências que abordam o tema morte, aliadas a técnica da palhaçaria e comicidade feminina. Morrir foi concebido com dramaturgia e músicas totalmente autorais. As palhaças com suas singularidades recriam suas histórias onde bobagem está a serviço de outros pontos de vista sobre a morte, sobre o luto e os processos -papelo qual passamos após as perdas. Daniela Rosa, Janaina Morse, Luciene Souza e Maria Tereza Costa se reúnem no coletivo “As Parentas” e são provocadas por Lily Curcio, mulher, artista, palhaça, antropóloga, reconhecida por sua trajetória e referência na pesquisa em comicidade feminina.

 

 

Dia 17, sexta-feira, às 16h30 – Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina – Interlocuções Femininas

No dia 17 de março, sexta-feira, às 16h30, o Memorial Vale recebe o bate-papo “Interlocuções Femininas”, que integra a programação do Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina. Serão conversas e reflexões sobre o feminino na arte da palhaçaria, seus recortes de identidade, a raça e a comicidade, com participação de Juliene Lellis e Dagmar Bede e mediação da palhaça Brisa. O evento é gratuito e é preciso retirar ingressos uma hora antes, com no máximo um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados.

 

Dagmar Bedê iniciou a pesquisa sobre a linguagem circense e palhaçaria em 2008. É palhaça, cabareta, faquiresa, atriz, performer, diretora, produtora e gestora cultural, atuando em grupos e coletivos como Cia Circunstância, a Plataforma de Criação Divinas Tetas e Trupe Estrela (Espaço Comum Luiz Estrela). Atualmente é mestranda do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto.

 

Juliene Lellis é mestranda em educação (FAE/UFMG), formada no curso técnico de teatro à nível médio Teatro Universitário (T.U) e possui licenciatura em Teatro, ambos cursados na UFMG. Atriz, Palhaça e Arte-Educadora. Desde de 2013 trabalha como palhaça na OSC Instituto Hahaha. Atuou nos espetáculos: O auto de natal- Direção Gyuliana Duarte; Madame Satã – Direção João das Neves; Memórias de Bitita -Direção Jacó do Nascimento; Paradeiro-Direção Raquel Castro; Noturno-Direção Iara de Novaes; Linha 8 de Março – direção Epaminondas Reis/ texto Eduardo Moreira (2012);O Caboclo Zé Vigia – direção Tirana Cia de Teatro (2008-2012);Uma noite com sete contos – direção Tirana cia de Teatro (2010-2012);Bicho Humano, O Animal Pensante – direção Antônio Rodrigues/ direção musical Fernando Muzzi (2011); Ai, o amor – direção As Carameladas (2010);Rosinha do Metrô – direção Raquel Castro (2010); O negro, a Flor e o Rosário- Direção Maurício Tizumba (2009).

 

Janaína Morse faz a palhaça Brisa, que vai mediar a conversa, e é a coordenadora do Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina. Iniciou a investigação na arte da palhaçaria em 2007. Participou de 2 importantes OSC’s culturais: Doutores da Alegria e Instituto Hahaha; realizando intervenções artísticas frequentes no ambiente hospitalar, como palhaça e formadora. Palhaça, nos espetáculos: Parangolé e Gastronômico com o Grupo Armatrux, de 2008 a 2011. Em 2012, estreou seu primeiro solo autoral Brisa’s Beach, espetáculo considerado um dos primeiros trabalhos solo de palhaçaria feminina de MG. Co -fundadora da coletiva artística Minha Companhia.

 

 

Dia 18, sábado, às 16h30 – Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina – Show de Variedades – Encontro Cênico de Artistas Palhaças de BH

No dia 18 de março, sábado, às 16h30, o Memorial Vale recebe o Show de Variedades – Encontro Cênico de Artistas Palhaças de BH, que será um encontro cênico inédito de artistas palhaças, suas cenas, números e apresentações, e seus universos únicos e cômicos, revelando suas particularidades, presenças e identidades. A retirada de ingressos deve ser feita uma hora antes do evento; serão distribuídos no máximo um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados.

 

 

Dia 19, domingo, às 11 horas – Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina – Show Avoar – Tecla, Brisa e Banda

No dia 19 de março, domingo, às 11 horas, o Memorial Vale recebe o espetáculo infantil Avoar, que é a a materialização do álbum musical de mesmo nome, contemplado em 4o lugar no prêmio da música popular Mineira, 2020, categoria álbum infantil. As palhaças Janaína Morse e Maria Tereza Costa, que vivem as palhaças Brisa e Tecla convidam: “Já imaginou uma show ao vivo, com um banda incrível onde as duas vocalistas são palhaças? Venha se divertir e Avoar com a gente!” A apresentação integra o projeto Eu, Criança, no Museu! do Memorial Vale e faz parte do Debuta, Encontro de Palhaçaria Feminina. É preciso retirar os ingressos uma hora antes da apresentação. Os ingressos são limitados podendo ser retirados um par por pessoa. Gratuito e com interpretação em libras.

 

O Show “Avoar” é integralmente autoral; letras, melodias, arranjos sonoros e vocais e; realizado pelas duas artistas Janaina Morse e Maria Tereza Costa. Foi lançado em 2020 na plataforma digital Soundcloud. Conheça mais sobre o trabalho das duas palhaças nas redes sociais delas: Instagram | Facebook @minha_companhia @palhacabrisa @palhacatecla

 

 

Dia 19, domingo, às 11 horas – Sensações Memoráveis traz: “Vivência Tábula Rasa”, com Joseane Jorge

No dia 19 de março, domingo, às 11 horas, o Memorial Vale recebe o projeto Sensações Memoráveis com a Vivência Tábula Rasa, de Joseane Jorge. Tabula Rasa é uma expressão latina que significa literalmente “tábua raspada” e tem o sentido de folha de papel em branco. A artista irá conduzir o público numa experiência criada a partir de uma pilha de discos brancos e tintas comestíveis, feitas a partir de plantas, num evento para desenhar e comer. A curadoria é de Marco Paulo Rolla. É preciso se inscrever pelo telefone (31) 3343-7317, pois as vagas são limitadas e gratuitas.

 

Joseane Jorge nasceu em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, no ano de 1981. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG. Seus trabalhos tiram partido do potencial de interação da arte e do compartilhamento da comida como ferramenta para trocas sociais e diálogos com o território e a paisagem. Realiza pesquisas e ações em colaboração com artistas, investigadores de diferentes campos e pequenos produtores de alimentos. Vive entre Belo Horizonte e a região da Serra da Moeda, em Brumadinho. Participou de residências artísticas no JACA – Centro de Arte e Tecnologia, Casa do Povo em São Paulo e na última edição do Bolsa Pampulha.

 

 

Dia 25, sábado, às 15 horas – Criar e Consumir Arte – Uma Mixologista no Museu!, com Marcela Azevedo

No dia 25 de março, sábado, às 15 horas, o Memorial Vale convida para uma experiência especial com Marcela Azevedo, que é a única mulher mixologista molecular da América Latina. Ela vai realizar uma aula-show, preparando drinks não alcoólicos, em duas versões distintas no Memorial, utilizando os mesmos ingredientes e as técnicas da mixologia molecular. Ciência e arte se misturam em uma verdadeira experiência gastronômica e sensorial. O evento integra o projeto Contemporâneo, é gratuito, e as inscrições devem ser feitas previamente pelo telefone (31) 3343-7317, pois as vagas são limitadas.

 

A Alquimista

A mixologista Marcela Azevedo traz para o mercado do turismo de experiência diversas propostas inusitadas na produção de drinks, cachaças e gastronomia molecular. Marcela é a única mulher mixologista molecular da América Latina. Seu propósito é proporcionar uma experiência encantadora valorizando a cultura dos drinks (alcoólicos e não alcoólicos), nutrindo conexões valiosas dos sabores e saberes da gastronomia mineira. Marcela é historiadora e pesquisadora científica que há 10 anos se apaixonou pelo mundo da cachaça e há 6 anos pela mixologia. Seu slogan é “Entre criar e consumir arte, eu escolho os dois!”. Saiba mais sobre Marcela Azevedo nas redes sociais dela: Instagram | Facebook @eumarcela_azevedo

 

 

Dia 26, domingo, às 11 horas – Camila Rocha no Memorial Instrumental

No dia 26 de março, domingo, às 11 horas, o Memorial Vale convida para mais uma edição do projeto Memorial Instrumental com a contrabaixista Camila Rocha. Camila apresenta um projeto próprio, com composições autorais e arranjos de músicas de artistas como Sérgio Pererê e Miles Davis. Com a formação de Quinteto, formado por Camila Rocha (contrabaixos elétrico e acústico e voz), Luadson Constâncio (piano), Lucas de Mello (guitarra), Maíra Manga (voz) e Paulo Fróis (bateria), a arranjadora explora o uso inusitado da voz na música instrumental. A curadoria do Memorial Instrumental é de Juliana Nogueira. A apresentação é gratuita e a retirada de ingressos deve ser feita uma hora antes do evento. Podem ser adquiridos no máximo um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados.

 

Muito atuante na cena musical de Belo Horizonte, a contrabaixista Camila Rocha é também arranjadora e explora o uso inusitado da voz na música instrumental. Bacharel em Música Popular pela UFMG. Em 2014, ganhou o prêmio Jovem Instrumentista do BDMG e, em 2018, Melhor Instrumentista da XVIII edição do BDMG Instrumental. Já tocou com diversos músicos renomados no Brasil e no mundo, como: Juarez Moreira, Chico Amaral, Alceu Valença, Mônica Salmaso, Toninho Horta, Ná Ozzetti e outros.

 

 

Exposições em andamento

 

Até 02 de abril – Exposição Rainhas Negras, de Márcio Silva

O artista negro Márcio Silva, fotógrafo e produtor cultural, exibe na midiateca do Memorial Vale, sua 2ª edição fotográfica com o tema “Rainhas Negras”. A exposição conta com imagens que retratam a beleza e a força das mulheres negras, celebrando sua história, ancestralidade, diversidade, e contribuindo para a visibilidade das mulheres negras na sociedade. Uma oportunidade de refletir sobre a importância da representatividade negra na sociedade.

 

A exposição conta com uma série de 22 obras fotográficas artísticas e conceituais produzidas pelo artista Márcio Silva, em parceria com as maquiadoras Camila Sampaio, Lucy Vianini e Nayuri Leandra, e apresenta um olhar inovador sobre a beleza. As imagens abordam temas como a representação da mulher na sociedade, o corpo e a beleza idealizada e a construção da identidade feminina. A série é composta por fotografias que misturam elementos de fantasia e realidade, criando um mundo onde a beleza é celebrada de forma diversa e inclusiva. Todas as 20 obras contam ainda com um áudio descritivo e poético, assinado pelo cantor e compositor Rafael Prates, que em parceria com o artista Márcio Silva, pensou a inclusão participativa de deficientes visuais, além de ampliar a experiência contemplativa do grande público. A Exposição integra o projeto Diversidade Periférica, que tem curadoria de Patrícia Alencar.

 

Até 9 de abril – Exposição Babélica

O Memorial Vale apresenta a exposição Babélica, organizada a partir do Edital Novos Artistas 2021/2022, criado para dar visibilidade à vasta e diversificada produção artística contemporânea mineira, especialmente aos artistas em começo de carreira. O nome Babélica, inspirado na Torre de Babel, remete ao caos e aos fluxos desiguais das cidades, especialmente da cidade de Belo Horizonte, em que cada um dos artistas vive sua própria experiência, com multiplicidade de vozes, interrogando poeticamente questões que atravessam o espaço urbano e onde nele criam zonas de encontro, disputa e negociação de sentidos. “Babélica também se refere ao radicalismo dos atuais acirramentos sociais e políticos no Brasil”, comenta o curador da exposição, Júlio Martins. Os artistas escolhidos são Bárbara Macedo, Froiid, Lucas Skritor e Sara Lana. A exposição ficará aberta para visitação até 9 de abril nas galerias 1, 2 e na sala Espetáculo Mineiro no Memorial Vale. A entrada é gratuita.

 

Até 14 de maio – Exposição de Pedro David

O Memorial Vale apresenta a exposição de fotografias de Pedro David, realizadas na região da área de proteção ambiental do Morro da Pedreira, Serra do Cipó, onde o artista vive com sua família e trabalha desde 2020. O cerrado é o personagem principal de diversas séries de fotografias e vídeos, onde o artista interpreta, a partir do estabelecimento de uma relação íntima com a natureza, características do bioma e questões cruciais para sua manutenção. As fotografias fazem parte das séries Mara, Ar Puro, Troncografia, Mãe Pedra, Cristalina e Intermitências, ealizadas entre 2020 e 2023. A exposição, que integra o projeto Mostra de Fotografia, com curadoria de Eugênio Sávio, fica em cartaz no Café do Memorial até maio de 2023.

 

Pedro David é fotógrafo/artista visual, com pós-graduação em artes plásticas e contemporaneidade na Escola Guignard (UEMG, 2002). Publicou Paisagem Submersa (Cosac Naify 2008), O Jardim (Funceb 2012), Rota Raiz (Tempo D’Imagem 2013) e Fase Catarse (Fmc – BH, 2014). De suas participações em exposições coletivas, destacam-se as realizadas Museu de Arte do Rio – MAR, 2017, no Festival Fotofest (Houston – EUA, 2016), no Musée du Quai Branly (Paris – França, 2013), Museu de Arte Contemporânea do Ceará (Fortaleza-CE, 2012) Ex-Teresa arte Actual (México D.F., 2011), Geração 00 (Sesc Belenzinho – São Paulo, 2011); Noordelicht Photogallery (Groningen, Holanda, 2008), 5a Bienal de Fotografia e Artes Visuais de Liége (Mammac – Liége, Bélgica, 2006).

 

 

 

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi

Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

 

 

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.