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MARÇO É DAS MULHERES NO MEMORIAL VALE COLETIVO DOCILARÉ É A PRIMEIRA ATRAÇÃO

 

O mês de março no Memorial Vale traz uma programação voltada para homenagear as mulheres e encantar a todos os gêneros e gerações, com shows de música popular e instrumental, experiências gastronômicas inusitadas e muita diversão e arte com a palhaçaria feminina. A primeira atração é o Coletivo Docilaré, integrado por três mulheres sambistas de Belo Horizonte, que se apresenta no dia 9 de março.

 

Dia 9, quinta-feira, às 19h30 – Especial Memorial Mulheres, com Coletivo Docilaré

O Memorial Vale traz, em homenagem ao dia 8 de março, data que simboliza a luta histórica das mulheres pelas condições de trabalho, contra o machismo, o racismo e a violência e o feminicídio, a apresentação do Coletivo Docilaré, formado pelas mulheres negras cantoras Dóris, Cida Reis e Raquel Seneias. As canções do coletivo compõem o repertório próprio de cada uma das cantoras com temáticas e letras que falam de amor, de desejos, emoções, sonhos, tristezas e alegrias. Dóris, Cida Reis e Raquel Seneias são três mulheres sambistas que construíram suas carreiras driblando o preconceito social e o machismo no samba, utilizando diferentes estratégias para conquistar, mesmo que de forma independente, a realização do sonho de se tornarem cantoras. São artistas que se unem para juntas comandar uma roda de samba. A apresentação integra o projeto Memorial Mulheres, que tem a curadoria de Juliana Nogueira. A retirada de ingressos deve ser feita uma hora antes do evento, e podem ser retirados um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados. A apresentação é gratuita.

 

Coletivo Docilaré promove um encontro gostoso entre o Samba Canção, o Samba de Roda, o Partido Alto, o Samba Reggae e o Pagode. As cantoras apresentam um repertório composto por músicas de seus trabalhos autorais e interpretam sambas importantes do cancioneiro Brasileiro. Historicamente as mulheres negras sempre estiveram à frente no comando das rodas de samba, eram as principais propagadoras e incentivadoras das rodas, responsáveis pela alimentação de todos com seus deliciosos quitutes e saborosos pratos. Nas rodas de partido alto, determinavam quais letras e músicas teriam sucesso na avenida e vida longa no cancioneiro popular. No entanto, no início da construção deste ritmo musical elas não podiam integrar como sambistas as alas de compositores nas escolas de samba. Se nos primórdios as casas de samba instaladas nas periferias atraiam, na sua maioria, negros e negras, a partir do final do século XX e primeira dezena do século XXI, viu crescer a presença do samba nas regiões centrais e redutos da classe média, ao mesmo tempo em que se diversificou as tonalidades cromáticas nos tons de pele – no palco e na plateia – e novos sujeitos se somaram a esta modalidade musical. Porém, algo permaneceu inalterado: a pouca presença de mulheres negras no comando destas rodas. E esta ausência, fruto do racismo institucional e do machismo cultural, precisava ter fim. O principal impacto positivo deste projeto é fortalecer e legitimar a ocupação das mulheres em todos os espaços.

 

 

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi

Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

 

 

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.