Memorial Vale recebe o Quarteto Horizonte e o fórum DiversiProsa
No dia 12 de outubro, às 19 horas, o Memorial Vale recebe o show instrumental do Quarteto Horizonte, que tem curadoria da Orquestra Ouro Preto. No sábado, dia 14, acontece o fórum DiversiProsa, das 8h30 às 17 horas, um evento dos formandos da PUC-Minas para discutir diversidade e inclusão no universo corporativo, na mídia, na política e na sociedade como um todo. Os dois eventos são gratuitos.
Contação de histórias e visita mediada à exposição Araetá
O Educativo do Memorial Vale convida o público a participar de duas ações junto da exposição “Araetá: a literatura dos povos originários” aos sábados e domingos. Às 11 horas e às 15 horas há visitas mediadas à exposição para que os visitantes possam descobrir a riqueza da literatura brasileira protagonizada pelos autores indígenas. Às 13 horas a equipe do Educativo oferece um momento de contação de histórias a partir dos livros presentes na exposição.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita. Saiba mais em https://memorialvale.com.br/pt/ .
CONFIRA OS DETALHES DA PROGRAMAÇÃO DESTA SEMANA:
Dia 12 de outubro – 19 horas
Quarteto Horizonte, com Robson Fonseca
O Memorial Vale recebe no dia 12 de outubro, quinta-feira, às 19 horas, o Quarteto Horizonte, mais uma atração da série “Música de Câmara”, projeto da Orquestra Ouro Preto que reúne talentos da música mineira para apresentações intimistas. Fundado em dezembro de 2013 com formação clássica que vem encantando em festivais por toda Minas Gerais, o Quarteto Horizonte é integrado por Robson Fonseca, um dos principais violoncelistas brasileiros da atualidade e pelas polonesas Ana Zivkovic, Katarzyna Druzd, e Kamila Druzd nos violinos. A Orquestra Ouro Preto tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale. É preciso retirar os ingressos uma hora antes do evento pois os lugares são limitados, sendo um ingresso por pessoa. A apresentação é gratuita.
A curadoria da série “Música de Câmara” é assinada pelo maestro Rodrigo Toffolo e a programação ao longo do ano prevê a apresentação de uma série de duos, trios e quartetos formados por artistas que são referência em seus instrumentos e se destacam no universo da música sinfônica ou popular.
No Quarteto Horizonte todos se destacam pela exímia formação acadêmica e técnica apurada desenvolvidas no Brasil e no exterior. As atividades do quarteto iniciaram com um ciclo de concertos da Polônia, realizando, em seguida, apresentações em importantes festivais como o Festival de Gastronomia de Tiradentes, Festival de Inverno de Ouro Branco e Festival de Inverno de São João Del Rei.
O projeto “Música de Câmara” dá continuidade à parceria entre a formação mineira e o Memorial Vale, iniciada em 2019 com o projeto “Mulheres na Música”, que homenageava compositoras, instrumentistas e pesquisadoras de destaque na cena mineira, mas foi interrompido pela pandemia de Covid. A curadoria vai ao encontro da vocação do espaço localizado na praça da Liberdade, valorizando as tradições e a arte do nosso estado sem perder de vista o olhar contemporâneo.
Dia 14 de outubro (sábado) – das 8h30 às 17h
DiversiProsa – II Fórum de Diversidade e Inclusão dos Formandos da PUC MG
No sábado, dia 14 de outubro, das 10h às 17h30, o Memorial Vale recebe o DiversiProsa – II Fórum de Diversidade e Inclusão dos Formandos da PUC MG. Para além de uma necessidade, incluir é um processo, e as mesas de debate do DiversiProsa podem ser o início deste caminho. Como podemos contribuir para espaços mais diversos no universo corporativo, na mídia, na política e na sociedade como um todo? Quem deve participar disso? Como isso pode ser feito? Pensar diversidade e inclusão são as questões que serão abordadas no DiversiProsa. É preciso retirar os ingressos uma hora antes do evento pois os lugares são limitados, sendo um ingresso por pessoa. O Fórum DiversiProsa é gratuito e direcionado a todos os públicos. Para saber mais, acesse @forum_di_pucmg.
Exposições em andamento no Memorial vale
Até 5 de novembro – Araetá: a literatura dos povos originários
O Memorial Vale recebe até o dia 5 de novembro a exposição “Araetá: a literatura dos povos originários”, que apresenta a produção literária de escritores indígenas de 1998 até dos dias atuais. Dentre as 305 etnias existentes no Brasil, 40 diferentes povos têm a literatura representada nesta exposição, compondo uma produção literária de 335 títulos de 110 escritores publicada por 120 diferentes editoras brasileiras. Os escritores estão divididos por biomas – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica. As produções literárias são fruto das obras de nomes como Ailton Krenak, Davi Kopenawa, Cristino Wapichana, Álvaro Tukano, Daniel Munduruku, André Baniwa, Yaguarê Yamã, Márcia Kambeba, Auritha Tabajara, Graça Graúna, Kaká Werá Jekupé, Olívio Jekupé, Werá Jeguaka Mirim e Maria Kerexu, Gleycielli Nonato e Marcos Terena, entre outros.
Partindo de uma catalogação da literatura de autoria indígena no Brasil, a exposição, apresentada pelo Instituto Cultural Vale e pelo Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, contempla livros escritos e narrados por indígenas em língua portuguesa e nativa, apresentando ao público um acervo nunca antes reunido.
Araetá tem curadoria de Ademario Payayá, escritor e educador, e Selma Caetano, gestora cultural à frente do Prêmio Oceanos, uma das maiores premiações de literatura em Língua Portuguesa do mundo. A consultoria literária é do escritor Daniel Munduruku e do linguista e professor Ariabo Kezo, que faz a narrativa de apresentação do percurso expositivo.
A exposição
A exposição é composta por duas salas que formam um percurso da produção literária indígena no Brasil, mas não só. Ao lado dos livros expostos há vídeos, áudios, fotografias e ilustrações que revelam ao visitante o contexto em que vivem os autores, seus territórios, lutas e cultura.
Muito se escreveu e se escreve sobre os povos originários, mas Araetá aposta no protagonismo dos escritores indígenas para contar e atualizar sua própria história. “Esta exposição reúne os nomes mais influentes e importantes entre escritores e pensadores das questões e arte indígena da atualidade. A literatura permite que os indígenas falem por si e mostrem suas cosmovisões e sua atuação na preservação dos seus territórios”, observa o diretor do Memorial Vale, Wagner Tameirão.
Além das obras literárias, o público poderá ver ilustrações, vídeos e fotografias feitas nas aldeias pelos indígenas ou para os indígenas, por nomes como Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat, Alice Arida, Denilson Baniwa, Cleber Kronun de Almeida (fotógrafo e cineasta do povo Kaingang), Richard Werá Mirim (do povo Guarani) e João Farkas, entre outros.
A literatura indígena
A publicação de livros com autoria indígena é um fenômeno relativamente recente. Na década de 1970, a escritora Eliane Potiguara mimeografou e publicou inúmeras poesias e cartilhas didáticas. Uma década depois, Umúsin Panlõn Kumu e Tolamãn Kenhíri, do povo Desana, publicaram oficialmente o primeiro livro de autoria indígena, “Antes o mundo não existia”. De lá para cá, muita coisa aconteceu e a exposição se propõe a retratar o cenário da literatura indígena que vem se formando desde então.
“Já se disse que os povos indígenas são de tradição oral e que, por conta disso, não podem, não sabem e não precisam fazer literatura. Tal afirmação se justifica dentro de um entendimento antigo que não compreende ou não quis compreender a dinâmica da cultura humana: ela está em movimento. Engana-se, portanto, quem acredita que os povos indígenas são humanos presos a um passado ancestral e que sua existência se deve a um permanente apego ao já vivido”, diz Daniel Munduruku.
Salvaguarda da cultura indígena
A exposição faz parte de um conjunto de iniciativas do Instituto Cultural Vale pela preservação e valorização das culturas indígenas. No dia 26 de setembro, o Centro Cultural Vale Maranhão abrirá ao público a exposição “Maranhão: Terra Indígena”, panorâmica que apresentará os povos indígenas do estado por meio da sua produção de artefatos e artes ancestrais, com uma imersão do público em seus modos de vida por meio de objetos, mapas, fotos e vídeos. A exposição contará também com filmes produzidos no projeto Vidas Indígenas Maranhão, realizado pelo Museu da Pessoa com patrocínio do Instituto Cultural Vale: no projeto, jovens dos povos Ka’apor, Awa-Guajá e Guajajara receberam formação em produção audiovisual e metodologias de preservação de memória. Assim, eles se tornaram “Guardiões da Memória” de histórias de vida de suas aldeias. Como um dos legados do projeto, os equipamentos de filmagem e computadores são doados para as comunidades.
Até 31 de dezembro – Exposição Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara, de Jéssica Marroques
O Memorial Vale está com a exposição “Rios de Lembranças: (en)Cantos das Lavadeiras de Almenara”, de Jéssica Marroques. A exposição integra o projeto Novos Pesquisadores, do Educativo do Memorial Vale e mostra o resultado do trabalho acadêmico de Jéssica Marroques, que é licenciada em Artes Visuais (UEMG) e bacharel em Cinema e Audiovisual (UNA). Este evento faz parte da 17ª Primavera dos Museus.
Jéssica é especialista em Arte e Movimento, mestra em Estudos do Lazer (UFMG) e doutoranda em Educação (UFMG). O trabalho de Jéssica destaca como as memórias constroem retalhos na costura de um rio largo de afetos. “Onde eu nasci, passa um rio. Onde a maioria de nós nasceu, cresceu e viveu ainda passa um rio”, observa. Suas águas revelam as vidas de mulheres lavadeiras, que guardam a sabedoria dos cantos e dos sonhos à procura do tempo. Jéssica Marroques nasceu nas margens do Ribeirão Arrudas, em Contagem/MG. Das águas que ali brotavam escutava de sua avó a memória de um rio vivo e forte. Esta é a paisagem que emerge na pesquisa da artista, em um diálogo entre o passado e o presente, buscando evidenciar a prática dos trabalhos manuais.
Até 28 de Janeiro de 2024 – Exposição De Fotografias “Sob O Mesmo Céu”, De Sylvie Moyen
O Memorial Vale recebe até 28 de janeiro a exposição de fotos “Sob o mesmo céu”, de Sylvie Moyen, clicadas quando ela esteve em viagem a países como Peru, Papua Nova Guiné, Mongólia, Myanmar e Índia. Países singulares que estão, ao fim e ao cabo, sob o mesmo céu do planeta. O evento integra o projeto Mostra de Fotografia, que tem curadoria de Eugênio Sávio e faz parte da 17ª Primavera dos Museus.
A belo-horizontina Sylvie Moyen, nascida em 1973 e filha de imigrantes, é fascinada por máquinas fotográficas desde criança, por influência do pai, com quem aprendeu a registrar viagens familiares. O núcleo familiar também proveu o contato com a pintura: com a mãe, que tinha um ateliê de pintura, ela aprendeu a misturar e criar cores.
Sylvie cresceu nesse universo criativo e seguiu a verve artística familiar por meio de estudos e ofícios. Ela, que é bacharel em Comunicação Social pela UFMG (1994) e mestre em Belas Artes (MFA) pela Indiana University (Bloomington, 1999), trabalhou por mais de 20 anos como designer gráfica, sem nunca abandonar as câmeras
Ela, que sempre manteve a fotografia como atividade paralela, em 2017 tomou a decisão de migrar definitivamente para a fotografia, unindo duas paixões: viajar pelo mundo e realizar registros poéticos de sua diversidade. Essa exposição, fruto desses encontros culturais que a artista realizou ao escolher a fotografia como protagonista de seu destino, é viabilizada pelo Instituto Cultural Vale. Mais informações em @sylviemoyen.
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi.
Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.