MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA NO MEMORIAL VALE: O BATUQUE DO QUILOMBO DOS ARTUROS
Novembro no Memorial Vale traz a programação em homenagem ao Mês da Consciência Negra. No dia 12, sábado, às 10h30, temos o batuque do Quilombo dos Arturos. Gratuito.
Três exposições seguem em andamento: até dia 4 de dezembro, “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?”, de Rogério Passos; até dia 8 de janeiro, “Para Além das Margens”, e até 29 de janeiro, as fotografias de Rafael Freire.
O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.
Confira os detalhes da programação:
Dia 12, sábado, às 10h30 – O Batuque do Quilombo dos Arturos
O Memorial Vale recebe no sábado, dia 12 de novembro, às 10h30, o batuque do Quilombo dos Arturos, dentro do projeto Sensações Memoráveis. O evento vai lembrar o batuque que era praticado pelos negros como uma forma de refúgio para aliviar a dor, o sofrimento e a opressão da escravidão. Hoje faz parte do Patrimônio Cultural Imaterial, sendo um ritual representado pela dança de umbigada e pelas cantigas de roda, que são levadas ao som dos tambores e das violas. A curadoria do projeto Sensações Memoráveis é de Marco Paulo Rolla e esse evento faz parte da programação do Mês da Consciência Negra.
Nos Arturos essa expressão do batuque surgiu por meio do fundador da comunidade, Arthur Camilo, e hoje faz parte do Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de Contagem e do estado. O mestre do Batuque é o Mestre Zé Bengala.
Dia 13, domingo, às 11 horas – Coletivo “Abre a Roda Mulheres no Choro”
O Memorial Vale recebe no domingo, dia 13 de novembro, às 11 horas, o coletivo Abre a Roda Mulheres no Choro, que busca reconhecer e incentivar as mulheres nas rodas do Choro e colocar em cena mulheres instrumentistas de Belo Horizonte. A apresentação integra o projeto Memorial Instrumental, com curadoria de Juliana Nogueira. Retirada de ingressos uma hora antes do evento. No máximo um par de ingressos por pessoa. Lugares limitados.
O coletivo Abre a Roda Mulheres no Choro surgiu em 2017 com o objetivo de reconhecer e incentivar toda a cadeia em torno da participação da mulher na música. O grupo lança um olhar para as instrumentistas de Belo Horizonte através da criação de uma roda de choro aberta e democrática, na qual as mulheres se apresentam como protagonistas. Além disso, o grupo apresenta shows com repertório autoral e de compositoras brasileiras em eventos e festivais. O Abre a Roda é composto por musicistas expoentes da capital mineira: Alice Valle, Bárbara Veronez, Claudia Sampaio, Fernanda Vasconcelos, Luciana Alvarenga, Maria Bragança, Maria Elisa Pompeu, Marina Gomes, Raissa Anastásia, Shari Simpson, Thamiris Cunha, Tauini Mauê.
Exposições em andamento:
Até 4/12 – Exposição “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?”, de Rogério Passos
O Educativo do Memorial Vale apresenta a exposição “Mundo Vasto Acaba Mundo – A cidade invade a vila ou a vila invade a cidade?” que conta a trajetória da Vila Acaba Mundo por meio da história dos mapas, percurso apaixonadamente percorrido pelo urbanista e arquiteto Rogério Passos, que o explorou ao longo da dissertação de mestrado defendida junto ao Departamento de Geografia da UFMG, no ano de 2021. A apresentação integra o Projeto Novos Pesquisadores do Educativo do Memorial Minas Gerais Vale e pode ser vista até 4 de dezembro.
A mostra acontece no Cyber Café e terá vídeos nos monitores, que abordarão questões relativas à Cartografia, produção de mapas e seus usos. Também haverá algumas reproduções físicas de mapas, uma projeção em uma das colunas transversais e uma plotagem no vidro da porta do jardim de inverno remetendo à Vila Acaba Mundo.
Rogério Passos é urbanista e arquiteto formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em Geografia e doutorando em Arquitetura e Urbanismo na mesma instituição. Possui Graduação Sanduíche em Fundamentos de Arquitectura pela Universidad del País Vasco – Espanha (UPV/EHU). Atuou em educativos de museus como Espaço do Conhecimento UFMG e Museu das Minas e do Metal (MMGerdau). Desenvolve pesquisas sobre cartografia, urbanismo com perspectiva de gênero e planejamento urbano e regional.
Até 8 de janeiro – Exposição “Para Além das Margens”
O Memorial Vale apresenta a exposição “Para Além das Margens”, que tem curadoria de Gabriel Gutierrez e traz obras de Cao Guimarães, Christian Knepper, Elza Lima, Marcel Gautherot, Maureen Bisilliat, Pierre Verger, Ronney Alano, Walter Firmo. As imagens escolhidas foram expostas primeiramente no Pavilhão do Brasil, construído para a Expo 2020, em Dubai. Como um manifesto do que podemos chamar de essencialmente brasileiro, elas transpiram, do momento capturado, a experiência do homem popular em sua epopeia existencial. Intencionalmente, as imagens retratam os sujeitos que habitam o Brasil. A mostra segue em exibição até 8 de janeiro.
Até 29 de janeiro – Exposição Rafael Freire
O Memorial Vale recebe a exposição do fotógrafo Rafael Freire, que tem 29 anos e é um fotógrafo independente, morador da Favela da Serra, em Belo Horizonte. Ele se dedica a retratar a vida e a beleza de quem mora ao seu redor, na comunidade conhecida como Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte. Rafael é idealizador do projeto “Favela, a Flor que se Aglomera” e se diz um “contador de histórias reais”. A exposição integra o projeto Mostra de Fotografia, com curadoria de Eugênio Sávio e segue até 29 de janeiro no espaço do Café do Memorial.
Rafael se define como o “expert em peles negras” e “o menino das flores”. “Nascido e criado numa favela, gostamos do passinho do funk, rebolar até o chão, pintar o cabelo de rosa, amarelo, andar sem camisa. Aquele sorriso largo, aquele samba na lage…favela..aquele tanto de criança correndo, nasce um novo conceito, revelando qualquer morador como uma bela e única obra de Art..”..escreve Rafael em seu post no Instagram https://www.instagram.com/rafaelfreiiire/ .
Serviço: Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi
Funcionamento – Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.
Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h.
Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.
Entrada Gratuita
Memorial Minas Gerais Vale
O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.