Saúde

Minas Gerais ganha centro de infusão destinado a pacientes com esclerose múltipla

 

 

 

Minas Gerais, outubro de 2022 — A Rede Mater Dei de Saúde passa a contar com um centro de infusão para pessoas com esclerose múltipla, doença autoimune, crônica e progressiva do sistema nervoso central. Com coordenação dos neurologistas, Juliana Santiago e Henrique Freitas, o Centro de Tratamento em Esclerose Múltipla do Mater Dei (CTEM-MD) pertence ao Mais Saúde, unidade da rede que fica localizada no bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte (MG).

“O CTEM é uma referência, temos uma infraestrutura adequada que oferece atendimento especializado e isso faz toda a diferença. Trata-se de um centro de tratamento que oferece atendimento ambulatorial para quem tem o diagnóstico da esclerose múltipla assim como para quem está com suspeita da doença. O foco principal do centro é infusão de medicamentos, para que os pacientes possam ser assistidos da melhor forma – e com o acolhimento devido. Toda infusão é acompanhada por neurologistas especializados em esclerose múltipla” explica Juliana Santiago.

Um dos grandes diferenciais é o fato do paciente poder contar com atendimento com data e hora marcada, além de um tratamento seguro e mais humanizado. “É uma grande vitória para nós. O centro de tratamento se tornou um facilitador para as pessoas com a doença. Antes, o paciente não tinha clareza em relação aos próximos passos após a ter o medicamento em mãos. Em alguns casos, chegavam a esperar por horas no hospital para o atendimento do pronto-socorro e diversas vezes com um profissional que não tinha conhecimento aprofundado sobre os aspectos da esclerose múltipla” finaliza Juliana.

 

Capacitação

O CTEM também realiza a iniciativa Onda Laranja, que tem por objetivo minimizar o desconhecimento sobre a EM e capacitar a classe médica bem como profissionais da saúde. As aulas são ministradas pela neurologista Juliana Santiago. “Nosso intuito é que, quando o paciente se queixar de algum sintoma, o médico e/ou o profissional da saúde desperte a atenção para esclerose múltipla, esteja atento e investigue. O diagnóstico precoce e o cuidado adequado são essenciais” explica Santiago. A capacitação, que já foi realizada com diversas especialidades, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, oftalmologia, otorrino laringoscopia, é realizada de forma híbrida (online e presencial) e, em breve, também será destinada aos profissionais da psiquiatria da Rede Mater Dei de Saúde.

 

Serviço

Centro de Tratamento em Esclerose Múltipla – Rede Mater Dei

(11) 3339-9090

 

Sobre a esclerose múltipla1 2 3: é uma doença que compromete o sistema nervoso central, um processo de inflamação crônica de natureza autoimune que pode causar desde problemas momentâneos de visão, falta de equilíbrio até sintomas mais graves, como cegueira e paralisia completa dos membros. A doença está relacionada à destruição da mielina — membrana que envolve as fibras nervosas responsáveis pela condução dos impulsos elétricos no cérebro, medula espinhal e nervos ópticos. A perda da mielina pode dificultar e até mesmo interromper a transmissão de impulsos. A inflamação pode atingir diferentes partes do sistema nervoso, provocando sintomas distintos, que podem ser leves ou severos, sem hora certa para aparecer. A doença geralmente surge sob a forma de surtos recorrentes, sintomas neurológicos que duram ao menos um dia. A maioria dos pacientes diagnosticados são jovens, entre 20 e 40 anos, o que resulta em um impacto pessoal, social e econômico considerável por ser uma fase extremamente ativa do ser humano. A progressão, a gravidade e a especificidade dos sintomas são imprevisíveis e variam de uma pessoa para outra. Algumas são minimamente afetadas, enquanto outras sofrem rápida progressão até a incapacidade total. É uma doença degenerativa, que progride quando não tratada. É senso comum entre a classe médica que para controlar os sintomas e reduzir a progressão da doença, o diagnóstico e o tratamento precoce são essenciais.


1 Neeta Garg1 & Thomas W. Smith2. An update on immunopathogenesis, diagnosis, and treatment of multiple sclerosis. Barin and Behavior. Brain and Behavior, 2015; 5(9)

2 Noseworthy JH, Lucchinetti C, Rodriguez M, Weinshenker BG. Multiple sclerosis. N Engl J Med. 2000;343(13):938–52.

3 Cristiano E, Rojas J, Romano M, Frider N, Machnicki G, Giunta D, et al. The epidemiology of multiple sclerosis in Latin America and the Caribbean: a systematic review. Mult Scler. 2013;19(7):844–54.