Nova espécie de aracnídeo é descoberta em Minas Gerais
|
|
24/02/2025
Nova espécie de aracnídeo é descoberta em Minas Gerais
|
|
Descoberta na Reserva Biológica da Mata Escura faz parte de acordo estabelecido entre a Vale e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) para proteção e monitoramento de espécies da fauna e da flora, entre outros ações.
|
|
Uma nova espécie de opilião, um tipo de aracnídeo, foi descoberta na Reserva Biológica da Mata Escura, localizada nos municípios de Jequitinhonha e Almenara, em Minas Gerais. Denominada Cajango ednardoi a espécie apresenta características morfológicas distintas que a diferenciam de outras do mesmo gênero. Além disso, é a primeira vez que é registrada a ocorrência desse gênero no estado de Minas Gerais.
![]() Espécie foi nomeada de Cajango ednardoi. Foto:Adriano Kury A descoberta é resultado das rotinas de monitoramento ambiental conduzidas pela equipe técnica que atua na Reserva da Mata Escura, sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Essas ações integram o acordo entre a Vale e o ICMBio, no âmbito da Meta Florestal – um compromisso voluntário de proteger e recuperar 500 mil hectares de áreas, além de suas fronteiras até 2030. Além do monitoramento da fauna, são promovidas iniciativas de ciência cidadã que reforçam a conexão entre a sociedade, pesquisadores e a preservação ambiental. Durante uma dessas rotinas de monitoramento, em abril de 2023, o monitor Ednardo Martins e o brigadista Jorge Pereira encontraram a espécie e compartilharam o registro fotográfico do animal em um aplicativo de ciência cidadã, o iNaturalist, que possibilita o compartilhamento de conhecimento sobre biodiversidade entre a sociedade e o público científico. A foto despertou o interesse do pesquisador e zoólogo Dr. Adriano Kury, que trabalha com aracnídeos no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e é especialista na ordem Opiliones. Além disso, Kury se dedica a reconstrução da coleção de aracnídeos do Museu Nacional, que foi destruída no incêndio em 2018. “Quando vi a foto fiquei animado, porque seria uma chance de conhecer melhor o gênero, e até então achei que poderia ser uma das espécies já conhecidas. Organizei uma expedição para a Mata Escura com a pesquisadora Alexia Granado no final de março de 2024. Encontramos Ednardo, que nos guiou a alguns vales úmidos, e lá achamos alguns machos e fêmeas. Chegando ao Rio, estudamos os espécimes e descobrimos que se tratava de uma espécie nova de Cajango.”, ressaltou Kury. A descrição taxonômica detalhada e o registro da nova espécie foram publicados em 3 de janeiro de 2025 em uma revista científica internacional. ![]()
Além das atividades de monitoramento são realizadas ações de proteção ecossistêmica, educação ambiental, monitoramento da biodiversidade e apoio a atividades de pesquisa. Curiosidades sobre a espécie Outro ponto é a localização geográfica. O gênero era classificado pela World Wide Found for Nature (WWF) como endêmica das florestas no interior da Bahia, e essa descoberta amplia a distribuição geográfica do gênero Cajango, marcando sua primeira ocorrência em Minas Gerais. O nome Cajango ednardoi foi atribuído em homenagem a Ednardo Martins, que faz parte do quilombo da Mumbuca, território tradicional e parcialmente sobreposto à Reserva da Mata Escura, em reconhecimento ao seu trabalho em monitoramento ambiental nas áreas de florestas na região do Baixo Jequitinhonha. Ednardo, que já foi chefe de brigada do ICMBio atualmente trabalha como colaborador contratado pela Vale, na Rebio Mata Escura. Sobre a Reserva Biológica da Mata Escura Sobre a Meta Florestal 2030 |
|
|
|
© 2025 – Vale | All rights reserved |