O Twitter de Elon Musk e os impactos em Wall Street
“De maneira geral, não é recomendável que o investidor tente prever ou reagir a notícias que acontecem no mercado, ao menos no que diz respeito a um prognóstico de curto prazo para as ações. Essa tarefa é difícil até mesmo para instituições que contam com modelos estatísticos extremamente robustos. É claro, a situação é diferente se estivermos pensando a longo prazo e o investidor acreditar que há uma grande mudança nos fundamentos por trás da empresa”, avalia Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake.
Ainda de acordo com a avaliação de Lima, no caso do Twitter, por exemplo, o board possuía uma quantia ínfima de ações. Seu fundador, Jack Dorsey tinha cerca de 2,3% do capital da empresa e os outros diretores eram detentores de menos de 0,15% do capital da companhia cada um, mesmo tendo vários anos de casa. Isso pode significar um desalinhamento de interesses entre a direção e os acionistas da empresa. Nesse caso, a aquisição realizada por Musk pode sim ser um gatilho positivo para a companhia, mas ainda restam dúvidas sobre a capacidade do bilionário de expandir a lucratividade da rede social para novos recordes históricos. Atualmente o mercado não espera que a lucratividade do Twitter retorne aos níveis pré-pandemia de 2019 antes de 2025