Por Lauro Jardim

23/11/2022 

Ninguém entendeu nada quando o nome de Alexandre Frota foi anunciado ontem para compor a equipe da transição na área de Cultura. Na área artística e entre os intelectuais, foi uma unanimidade: uma bola fora como poucas vezes se viu.

Então, por que Frota, que nem reeleito deputado federal foi (e olha que ele tentou a vaga de deputado estadual), está entre os escolhidos? No PT, a indicação é explicada por alguns motivos:

*Frota integra a atual Comissão de Cultura da Câmara, tem votado contra o governo e afinado ao partido — não o dele, que é o PROS, que nem posição em relação à Cultura deve ter; mas ao PT.

*Ele foi indicado pelo PROS, que apoiou a candidatura Lula desde o primeiro turno.

*Frota já deixou claro aos petistas que não vai atrapalhar o andamento dos trabalhos se tiver divergências com as pautas discutidas.

*E, finalmente, se tem o objetivo de dar prestígio de um deputado que, embora não reeleito, pode ajudar com seu voto na aprovação da PEC da Transição.