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Polícia Civil indicia ex-secretário de Meio Ambiente de Mariana por crime contra o meio ambiente

Inquérito tem mais de mil páginas, contendo laudos periciais e oitiva de 38 pessoas,
entre testemunhas e investigados

O ex-secretário assinou diversos documentos autorizando operação de mineradoras em desacordo com as legislações vigentes

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito que apurou supostas fraudes na concessão de licenças ambientais para empreendimentos minerários em Mariana, região Central de Minas.

Com base nessa investigação, o então secretário de Meio Ambiente do município foi indiciado por crimes contra a Administração Pública Ambiental ao assinar diversos documentos autorizativos de empreendimentos minerários em desacordo com as legislações vigentes.

O inquérito, com mais de mil páginas e diversos anexos, contou com a elaboração de laudos periciais e oitiva de 38 pessoas, entre testemunhas e investigados. As investigações foram coordenadas pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), por meio da 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente.

Operação Curupira

As investigações iniciaram em maio de 2019, quando foi realizada a primeira fase da operação Curupira.

Na ocasião, policiais cumpriram três mandados de prisão temporária e cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Barões de Cocais, Santa Bárbara e, principalmente, em Mariana.

Durante a segunda fase da operação, realizada em agosto, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Mariana, na residência do secretário de Meio Ambiente da cidade — afastado do cargo à época dos fatos — e de fiscais do município que podem ter prevaricado nos atos de fiscalização.

Já na terceira fase da operação, a PCMG cumpriu dois mandados de busca e apreensão em dois setores do Departamento de Documentação e Arquivo da Prefeitura de Mariana. Na ocasião, foram arrecadados diversos documentos e computadores, encaminhados para a análise de possível fraude na concessão de Licenças Ambientais por parte da Prefeitura.

 

Fonte : Jornal O Espeto