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Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy 2024: O café regenerativo do Brasil triunfa novamente

 

Pelo segundo ano consecutivo, um café cultivado através de práticas regenerativas recebe a honra máxima, destacando o papel fundamental da agricultura regenerativa no futuro do café.
Andrea Illy: “Estamos mais uma vez constatando sinais importantes que confirmam como a agricultura regenerativa é o caminho certo para uma produção mais resiliente, capaz de garantir produtividade e qualidade superior”.

Painel na sede das Nações Unidas, em Nova York

 

Pelo segundo ano consecutivo, um café cultivado através de práticas agrícolas regenerativas conquistou o prestigiado prêmio “Best of the Best” no Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy. A Fazenda Serra do Boné, do Brasil, recebeu o prêmio máximo por seu café despolpado, cultivado por meio de um processo que aumenta a doçura e o aroma, preservando o meio ambiente. A vitória sublinha o reconhecimento crescente da agricultura regenerativa como a base do futuro do café, não só pela sua qualidade, mas também pelo seu papel no combate às alterações climáticas e no apoio aos agricultores.

Andrea Illy, Presidente da illycaffè, destacou a grande importância da vitória da Fazenda Serra do Boné em seu discurso, enfatizando a promessa da agricultura regenerativa. “Pelo segundo ano consecutivo, uma fazenda brasileira que adota práticas regenerativas nos deu o melhor café do mundo. Na Fazenda Serra do Boné, a saúde do solo, a biodiversidade e as fontes de água são preservadas graças à utilização de fertilizantes orgânicos, ao controle biológico e à reutilização de subprodutos do processamento”, disse Illy. “Estamos mais uma vez vendo sinais importantes que confirmam como a agricultura regenerativa é o caminho certo para uma produção mais resiliente, capaz de garantir produtividade e qualidade superior.”

O vencedor do “Best of the Best” foi selecionado por um júri internacional de nove especialistas que provaram às cegas cafés de nove regiões de origem única: Brasil, Costa Rica, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia, Nicarágua e Ruanda. A sua decisão reflete o potencial da agricultura regenerativa, não só para elevar a qualidade do café, mas também para fornecer soluções sustentáveis a um setor cercado pelas alterações climáticas.

A cerimônia de premiação foi realizada durante um jantar de gala no Peak em Hudson Yards

A cerimônia de premiação, realizada durante um jantar de gala no Peak em Hudson Yards, ocorreu após um painel matinal na sede das Nações Unidas, em Nova York, que celebrou a excelência na produção sustentável de café, abordando os desafios mais urgentes do setor. O painel, moderado por Clare Reichenbach, CEO da James Beard Foundation, trouxe ao cenário, juntamente com Andrea Illy, líderes e visionários de renome no domínio do café e da sustentabilidade, incluindo Massimo Bottura, chef de renome mundial e Embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas; Jamil Ahmad, Diretor do UNEP New York Office; Andrea De Marco, Gestor de Projetos da UNIDO; Raina Lang, Diretora Sênior de Café Sustentável da Conservation International; e Vanusia Nogueira, Diretora Executiva da Organização Internacional do Café.

Nicarágua foi a campeã Coffee Lovers’ Choice e o Brasil e o campeão Best of the Best

Os esforços de longa data da illycaffè para promover a sustentabilidade no café, incluindo e apoiando a proposta de um fundo público-privado de 10 bilhões de dólares para ajudar os pequenos agricultores, foram discutidos como uma estrutura fundamental para a mudança, com Andrea Illy reiterando a necessidade de ação imediata: “A agricultura regenerativa provou que pode melhorar a saúde dos solos, proteger a biodiversidade e assegurar uma produção resistente e de alta qualidade. O momento de agir é agora, pois cada atraso coloca em risco os meios de subsistência de milhões de pessoas”.

Olhando para o futuro, o Brasil continua sendo uma força central na conversa global sobre café e clima. Na sequência da sua liderança na Conferência do G20, que destacou o café entre outras questões críticas, o país também acolherá a COP30 em 2025. Este evento crucial servirá como uma plataforma global para impulsionar práticas agrícolas sustentáveis, preparando o terreno para a 10ª edição do Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy no próximo ano, um momento marcante para celebrar a sustentabilidade e a inovação no setor cafeeiro.

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illycaffè é uma empresa familiar italiana fundada em 1933, em Trieste, que tem como missão oferecer o melhor café ao mundo. Produz um exclusivo blend 100% Arábica composto por 9 ingredientes diferentes. A empresa seleciona apenas 1% dos melhores grãos de Arábica do mundo. Todos os dias são servidas 8 milhões de xícaras de café illy em mais de 140 países em todo o mundo, nos cafés, restaurantes e hotéis, em cafés e lojas de marca própria, em casa e nos escritórios, nos quais a empresa está presente através de filiais e distribuidores. Desde a sua fundação, illycaffè tem direcionado as suas estratégias para um modelo de negócio sustentável, compromisso que reforçou em 2019 ao adotar o estatuto de Benefit Company e em 2021 ao tornar-se a primeira empresa de café italiana a obter a certificação internacional B Corp. Tudo o que é “made in illy” tem a ver com beleza e arte, princípios fundamentais da marca, desde o seu logotipo, desenhado pelo artista James Rosenquist, até às xícaras da illy Art Collection, decoradas por mais de 130 artistas internacionais, ou máquinas de café concebidas por designers de renome internacional. Com o objetivo de difundir a cultura de qualidade a produtores, baristas e amantes do café, a empresa desenvolveu a Università del Caffè que hoje realiza cursos em 23 países em todo o mundo. Em 2023, a empresa teve um faturamento de 595,1 milhões de euros. A rede de marca própria da illy tem 159 pontos de venda em 30 países.