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Tinder da bolsa de valores: o match entre o setor de mineração e de energia

 

Segundo avaliação de Rodrigo Lima, analista de investimentos e editor de conteúdo da Stake, em 2022, om a mudança da matriz energética, muitos acreditavam que o setor de mineração perderia grandes consumidores. Porém, se esqueceram do silício, cobre e lítio conseguidos via mineração, que facilita a produção de baterias elétricas e pás das hélices de energia eólica.

Por conta disso, o setor de mineração enxerga 2022 com bons olhos, especialmente com o crescimento da demanda de carros elétricos. Outro ponto que anima o setor é o foco no desenvolvimento em infraestrutura no planeta, especialmente nos Estados Unidos, onde tentam aprovar um pacote econômico de US$ 1 trilhão. Onde há obras, há a necessidade de commodities, e é neste ponto que as mineradoras vão nadar de braçada.

Tá, mas o que isso tem a ver com a bolsa de valores?

Neste cenário, apesar do ETF SPDR S&P Metals & Mining ter se valorizado 35% em 2021, parte deste resultado veio nos primeiros meses do ano. A expectativa do setor é retomar essa trajetória para 2022. Os primeiros dias do ano já mostraram que os investidores estão olhando com mais atenção para as mineradoras, com o ETF se valorizando em 5%, logo nas duas primeiras semanas do ano.

A empresa que catalisa grande parte deste movimento é a Freeport-McMoRan, que atingiu capitalização recorde. Porém, ela não é a única empresa com grandes planos, já que a BHP estuda realizar uma grande aquisição, segundo o The Washington Post. As candidatas seriam Freeport-McMoRan, Glencore e a brasileira Vale.

A gigante brasileira da mineração, inclusive, vem tendo meses ruins, intensificados após desastres ambientais em unidades produtivas da empresa. Por conta disso, a Vale viu seu valor de mercado cair quase 52% desde julho de 2021. As perspectivas para o novo ano também não são animadoras, já que o preço do minério de ferro – material responsável por quase 75% do EBITDA da empresa – deve se manter igual ou cair em 2022.