TJMG doa lacres de alumínio arrecadados na capital
Projeto Lacre do Bem já doou 740 cadeiras de rodas
Lacres recolhidos nas unidades do TJMG na capital somaram mais de 107kg
Lacres recolhidos nas unidades do TJMG na capital somaram mais de 107kg (Crédito: Cecília Pederzoli/TJMG)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) entregou, nesta terça-feira (10/5), 14 galões de 20 litros cheios de lacres de alumínio, retirados de latinhas, à Associação Lacre do Bem. O material, totalizando mais de 107 kg, será vendido a empresas de reciclagem e permitirá a aquisição e doação de cadeira de roda. Além de dar mais independência e autonomia aos contemplados, a iniciativa promove a sustentabilidade.
Para aquisição de uma cadeira de roda, é necessário o valor equivalente à venda de aproximadamente 100 kg de lacres. O projeto social Lacre do Bem conta com mais de 270 pontos de coleta em 14 estados e no Distrito Federal para recolhimento, em escolas, empresas e órgãos públicos.
Esta foi a terceira entrega de um grande volume de lacres arrecadados pelo TJMG e doados à ONG Lacre do Bem. O convênio entre o TJMG e a entidade para promover a iniciativa foi firmado em 2019 e está em vigor um termo de referência técnica, que vai até 2023. As doações podem ser feitas em recipientes instalados na entrada de todas as unidades do TJMG na capital e em algumas comarcas do interior.
O projeto começou em 2013, a partir da mobilização da estudante Júlia Macedo, na época com 9 anos. Sensibilizada ao visitar uma instituição que cuida de crianças com paralisia cerebral, ela decidiu agir. O projeto conta com doações de lacres.
A assessora técnica da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica (Segove), responsável pelo Programa de Logística Sustentável (PLS) do TJMG e integrante do Núcleo Socioambiental do TJMG, Selmara Alves Fernandes, salientou a importância dessa cooperação e do envolvimento dos públicos interno e externo com a proposta, que une inclusão, cidadania, solidariedade, responsabilidade social e sustentabilidade.
“Trata-se de uma ação permanente que não tem custo para o Tribunal, e fortalece a cultura de uma corrente do bem e de esforços em prol da coletividade. Os galões onde podem ser depositados os lacres ficam sempre em locais de fácil acesso, nas entradas dos prédios. Esse pequeno gesto de guardar e doar os lacres tem grande significado. Além de ser importante para ajudar a quem precisa, o projeto Lacre do Bem estimula a consciência ambiental e a reciclagem”, afirmou.
Ivete Macedo, gestora social do Lacre do Bem, agradeceu ao TJMG pela parceria
A gestora social do Lacre do Bem, Ivete Macedo, diz que o propósito da associação, cujo trabalho é voluntário, é gerar impacto humano por meio de uma rede do bem que promova educação ambiental, inclusão social e qualidade de vida. Hoje, segundo ela, o projeto recebe lacres até do exterior, enviados pelos Correios ou por outros meios.
“Já reciclamos mais de 72 toneladas de lacres de alumínio e doamos 740 cadeiras de rodas. O resultado de nossa campanha depende da participação de muitos, só temos sucesso com esse engajamento. A força de quem realmente quer ajudar é enorme, a pessoa descobre uma forma de contribuir. Esse apoio é grandioso para nós. Só temos a agradecer ao TJMG por nos apoiar, nessa parceria incrível. Agradecemos também a todos os servidores e colaboradores que se empenharam em reunir esses lacres, que farão a diferença na vida de muita gente”, afirma.
Mas a motivação maior, segundo Ivete, é a gratidão de quem é contemplado com o equipamento, sejam idosos, doentes, crianças ou jovens e adultos que sofreram amputações. “O olhar de esperança de quem consegue a cadeira de rodas nos contagia e impulsiona. É algo de que a pessoa precisa tanto, para se locomover, fazer um tratamento. Isso restaura sua dignidade, pois ela não precisa ser carregada, não fica tão dependente dos outros. É gratificante ver o sorriso nascer no rosto dessas pessoas”, diz.