Polícia

Grupo é indiciado por venda de armas em Governador Valadares

Por ASCOM-PCMG 15/10/2025  

Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), como parte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), concluiu nesta quarta-feira (15/10) o inquérito policial que desmantelou uma organização criminosa responsável por abastecer facções com armas de fogo, munições e coletes balísticos na região de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. 

Ao todo, 26 suspeitos foram indiciados por diversos crimes, como integração a organização criminosa armada, comércio ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro e peculato.

De acordo com o delegado Rodrigo Nalon, um dos responsáveis pela investigação, a operação é um marco no combate ao crime organizado na região do Rio Doce. “O comércio ilegal de armas alimenta o tráfico de drogas e a violência, gerando mais homicídios e insegurança. Nosso objetivo é desarticular essas redes e reduzir os índices de criminalidade”, ressaltou.

Investigação

As apurações começaram após a análise de materiais apreendidos na operação Muro de Ferro, realizada em fevereiro deste ano. Na ação, dois homens, de 31 e 40 anos, foram presos, e cinco armas de fogo, além de mais de 500 munições, foram apreendidas.

Durante a operação, também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Entre os itens apreendidos, destaca-se uma pistola calibre .45 com o brasão do Exército Brasileiro, além de R$ 16.500 em dinheiro, nove celulares e uma porção de maconha.

Segundo apurado, o grupo operava de maneira estruturada, fornecendo armamentos tanto para facções criminosas quanto para civis, incluindo Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC), que adquiriam armas e munições fora dos parâmetros legais.

Senhores da Guerra

A investigação culminou na operação Senhores da Guerra, deflagrada em 18 de agosto deste ano. O objetivo da ação foi desarticular a organização criminosa envolvida no tráfico ilegal de armas, munições e coletes balísticos.

Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. A ação resultou na apreensão de mais de 80 armas de fogo, 12 mil munições, e no cumprimento de quatro mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 15 prisões em flagrante.

Além disso, as investigações revelaram a fabricação e comercialização clandestina de dispositivos que aumentavam a letalidade de fuzis, transformando-os em armas de rajada, o que ampliava o poder de fogo das facções criminosas.

Ficco

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais (Ficco/MG), coordenada pela Polícia Federal (PF), é composta pelas polícias Civil (PCMG), Militar (PMMG) e Penal (PPMG), além da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).