Mais de 100 mulheres recebem diploma de capacitação profissional
Iniciativa da Comsiv, GMF e Senac busca o enfrentamento da violência doméstica e familiar
A desembargadora Ana Paula Caixeta, superintendente da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), conduziu, na tarde desta quinta-feira (10/3), a entrega de diplomas de capacitação profissional a 102 mulheres. O evento fez parte da 20ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, que se encerra nesta sexta-feira (11/3).
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O grupo diplomado participou do Projeto Percurso Formativo, idealizado pela Comsiv e pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), em parceria com o Senac Minas. Elas tiveram a oportunidade de fazer cursos nas áreas de beleza, gastronomia, moda, eventos, gestão administrativa, entre outras.
A desembargadora Ana Paula Caixeta destacou a importância da iniciativa e da entrega dos diplomas, que acontece durante a 20ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, aberta pelo TJMG na última segunda-feira (7/3), em Vespasiano. A Semana da Justiça pela Paz em Casa é um programa desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça que visa a criar parcerias com tribunais de justiça em um esforço concentrado para acelerar a tramitação e o julgamento de casos de violência contra a mulher em todo o país.
“Nós acreditamos que, por meio da independência econômica e financeira, a mulher tem condições de fazer suas escolhas e de se tornar realmente independente, dona de sua própria vida e romper os ciclos de violência doméstica que possam existir”, acrescentou.
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Para a desembargadora, o uso do termo “empoderamento” para se referir a ações como a realizada, de capacitação de mulheres, é bastante adequado. “Realmente, é o momento em que a sociedade olha para a mulher com igualdade de direitos e liberdade de escolhas. O projeto é maravilhoso porque convida as mulheres a se sentirem importantes, a se sentirem donas da própria vida”, afirmou.
Durante a solenidade, a magistrada voltou a defender a ideia de que “teremos paz em casa quando os integrantes da família estiverem em paz consigo próprios”. Ela disse também que a mulher é uma peça fundamental, muito importante para organização desta empresa que se chama lar. “O que importa é a essência o coração que pulsa a geração da vida, muita intensa no lado feminino”, concluiu.
O desembargador Júlio Gutierrez, supervisor do GMF, foi representado na solenidade pela juíza Bárbara Isadora. Ela desejou que a formação profissional seja apenas o primeiro passo para a frutificação da iniciativa, e que a conquista das alunas possa servir de exemplo para outras mulheres. “Essa é uma sementinha que foi lançada. Esperamos que se transforme em uma árvore que ofereça sombra para muitas pessoas”, afirmou.
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Presenças
Compuseram também a mesa de honra do evento a coordenadora do Senac Minas, Ana Roberta Cruz; a coordenadora Fabíola Batista Martineli, supervisora pedagógica do Senac; Luci Pereira de Abreu, do Centro Risoleta Neves de Atendimento (Cerna); Terezinha Avelar, coordenadora da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar; deputada Ana Paula Siqueira, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG); Adriana Bicalho, coordenadora do setor de Fiscalização de Penas Substitutivas (SEFIPS) da Vara de Execução Penal do TJMG; tenente-PM Bruna Lara, da Companhia de Polícia Militar Independente de Prevenção à Violência Doméstica, e Roselita Rossa Nascimento, da Associação Sarah Vida.