TV MP Entrevista aborda falhas no atendimento ao consumidor dos planos de saúde de Minas Gerais
- Publicado em 01/07/2025 15:04
O Procon-MG, órgão de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), iniciou fiscalização intensiva nos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs) das principais operadoras de planos de saúde em Minas Gerais. O assunto foi tema do episódio 81 do TV MP Entrevista.
O objetivo é assegurar a qualidade do atendimento e o cumprimento das normas pelas empresas. O promotor de Justiça Glauber Tatagiba, da Promotoria de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte, explicou que a iniciativa surgiu devido ao alto volume de reclamações sobre os SACs.
Segundo Tatagiba, a má qualidade do atendimento inicial sobrecarrega os órgãos de defesa do consumidor e o Poder Judiciário. “Grande parte das reclamações que nós temos hoje nos Procons do Brasil todo são em virtude da falta de atendimento no SAC e o consumidor acaba judicializando porque a empresa não resolve lá no início, quando é acionada pelo consumidor”, afirmou o promotor. A fiscalização abrangerá todos os canais de atendimento, incluindo telefone e plataformas digitais.
Entre as normas verificadas, Tatagiba destacou a exigência de atendimento humano de no mínimo 8 horas diárias por telefone, a proibição de publicidade durante o tempo de espera e a necessidade de que o SAC ofereça opções completas, como cancelamento e reclamação. Ele também ressaltou que o atendente não pode transferir a chamada mais de uma vez e que a empresa deve retornar o contato caso a ligação caia. “É fundamental que o consumidor que não tenha sido bem atendido ou não resolveu sua demanda no saque, ele faça sua reclamação no site consumidor.gov.br ou na ouvidoria do Ministério Público”, orientou Tatagiba, enfatizando a importância do registro das queixas para direcionar a fiscalização.
As principais queixas referem-se à demora no atendimento e à interrupção das chamadas, sem retorno da empresa. A fiscalização em Minas Gerais, prevista para durar cerca de três meses, busca reduzir as demandas judiciais ao incentivar as empresas a resolverem os problemas internamente.
