Vídeo do Papa Francisco: “Os mártires são o sinal de que estamos no caminho certo” (assista aqui)
Vídeo do Papa Francisco: “Os mártires são o sinal de que estamos no caminho certo”
Vídeo tem a colaboração da Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) e estreia no mês em que se assinala a Jornada dos Mártires Missionários.
Cidade do Vaticano, 27 de fevereiro de 2024) – Ao longo da história da Igreja Católica, muitos crentes foram perseguidos e assassinados por causa da sua fé. Perante esta realidade, o Papa afirma que o seu testemunho “é uma bênção para todos” e pede uma oração especial por eles em O Vídeo do Papa de março, que é divulgado pela Rede Mundial de Oração do Papa.
Histórias de coragem e testemunhos de amor
A vida das pessoas que se entregam como testemunhas de Cristo são, antes de tudo, histórias reais, com pormenores que as tornam únicas. Na sua mensagem de vídeo, que este mês tem o apoio da ACN (Ajuda à Igreja que Sofre), uma fundação pontifícia de caridade internacional cuja missão é socorrer os fiéis perseguidos, oprimidos ou em situação da carência, onde quer que estejam, por meio da informação, oração e projetos de ajuda. Francisco recorda o testemunho e a dor de um homem que conheceu ao visitar o campo de refugiados, na ilha grega de Lesbos: “Viram a minha mulher com o crucifixo e disseram-lhe para o atirar ao chão. Ela não o fez e degolaram-na na minha frente”. Acesse o Vídeo do Papa diretamente pelo canal no Youtube da ACN-Brasil: https://youtu.be/A4yigBbcQQE
A história desta mulher, que deu um “exemplo de amor” por Cristo e de fidelidade “até à morte” é reconstituída em O Vídeo do Papa do mês de março, no qual se vão alternando também imagens de comunidades cristãs em perigo e se referem a verdadeiros exemplos de coragem, como o do primeiro servo de Deus do Paquistão, Akash Bashir, que morreu com 20 anos, em 2015, para evitar um atentado terrorista contra uma igreja cheia de fiéis, em Lahore.
Mártires, heróis de todos os tempos
Há muitos mártires escondidos, os heróis do mundo de hoje, que levam uma vida comum com coerência e com a coragem de aceitar a graça de serem testemunhas até o fim, mesmo até à morte. O Papa insiste: “Irmãos, irmãs, sempre haverá mártires entre nós. É o sinal de que estamos no caminho certo”. O fato de haver mártires significa que alguns arriscaram a vida para seguir Jesus, para viver de acordo com a sua mensagem e encarnar no mundo o seu Evangelho de amor, paz e fraternidade. Não o renegaram nem esqueceram, antes mantiveram firme a sua fé e demonstraram fidelidade a Jesus Cristo. Por isso indicam à Igreja o caminho certo.
“Uma pessoa que sabe dizia-me que há mais mártires hoje do que no início do cristianismo”, acrescenta Francisco, sublinhando como é atual o tema dos cristãos perseguidos e que dão a vida pela sua fé. Apenas em 2023, chegaram à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) denúncias em 40 países de pessoas assassinadas ou sequestradas por causa da sua fé. A Nigéria tornou-se o país com o maior número de assassinatos; no Paquistão, na diocese de Faisalabad, as igrejas e as casas dos cristãos de Jaranwala foram atacadas; e no Burkina Faso, os católicos de Débé foram expulsos da aldeia apenas por causa da fé. E isto para mencionar só alguns exemplos.
Neste contexto, a presidente executiva da fundação pontifícia, Regina Lynch, afirma: “A liberdade religiosa, reconhecida na Declaração Universal dos Direitos do Homem, é um direito inalienável e nenhum cristão deve perder a vida por a exercer. É fundamental garantir o direito de praticar a sua fé como parte da dignidade de todos os seres humanos”. Nesse sentido, diz que a intenção de Francisco neste mês é “muito importante para encorajar a oração pelas vítimas de perseguição, bem como para defender aqueles que sofrem discriminação por causa da sua fé. Para além disso, temos de envolver os políticos na defesa dos direitos dos mais vulneráveis”.
A coragem de testemunhar com a própria vida
O P. Frédéric Fornos S.J., Diretor Internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, recorda o que São Francisco de Assis dizia aos seus irmãos: “Anunciai sempre o Evangelho. Se necessário, usai palavras”. E acrescenta: “Somos chamados a dar testemunho de Cristo com toda a nossa vida. Um mártir é uma testemunha de Cristo cuja existência é um testemunho vivo, isto é, encarna o Evangelho com o risco da própria vida, sem recorrer à violência. A intenção de oração do Papa interpela-nos: como é que damos testemunho de Cristo onde nos encontramos? Nem todos nós somos chamados a arriscar a vida para sermos fiéis a Jesus Cristo, mas eu posso perguntar-me: perante situações que vão contra a ética cristã, contra o Evangelho, no meu trabalho, nas minhas atividades, no meu círculo social ou na minha família, tomo posição para seguir o caminho de Cristo, apesar das dificuldades e dos desafios que possam surgir, ou evito? Por isso, rezemos com o Papa para que aqueles que, em várias partes do mundo, arriscam a vida pelo Evangelho transmitam à Igreja a sua coragem e o seu zelo missionário”.
O Vídeo do Papa só é possível graças ao contributo desinteressado de muitas pessoas. Podem fazer-se donativos neste link.
Onde é possível ver o Vídeo do Papa?
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Sobre O Vídeo do Papa
O Vídeo do Papa é uma iniciativa oficial de alcance global que visa divulgar as intenções de oração mensais do Santo Padre. É desenvolvido pela Rede Mundial de Oração do Papa (Apostolado da Oração). Desde 2016, O Vídeo do Papa teve mais de 220 milhões de visualizações em todas as redes sociais do Vaticano, está traduzido em mais de 23 idiomas e tem cobertura da imprensa em 114 países. Este vídeo é produzido e dirigido pela equipa do Vídeo do Papa da Rede de Oração, coordenado por Andrea Sarubbi, e distribuído pela agência La Machi Comunicación para Buenas Causas. O projeto conta com o apoio de Vatican Media. Mais informações em: thepopevideo.org.
Sobre a Rede Mundial de Oração do Papa
A Rede Mundial de Oração do Papa é uma Obra Pontifícia que tem a missão de mobilizar os católicos, pela oração e ação, face aos desafios da humanidade e da missão da Igreja. Esses desafios apresentam-se na forma de intenções de oração confiadas pelo Papa a toda a Igreja. A sua missão inscreve-se na dinâmica do Coração de Jesus, uma missão de compaixão pelo mundo. Foi fundada em 1844 como Apostolado da Oração. Está presente em 89 países e integra mais de 22 milhões de católicos. Inclui uma secção juvenil, o MEJ – Movimento Eucarístico Juvenil. Em dezembro de 2020 o Papa constituiu esta obra pontifícia como fundação do Vaticano e aprovou os seus novos estatutos. O seu diretor internacional é o Pe. Frédéric Fornos, SJ. Para outras informações: https://www.popesprayer.va/pt-
Sobre a Ajuda à Igreja que Sofre
A ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma Fundação Pontifícia que auxilia a Igreja por meio de informações, orações e projetos de ajuda a pessoas ou grupos que sofrem perseguição e opressão religiosa e social ou que estejam em necessidade. Fundada no Natal de 1947, a ACN foi elevada à (tornou-se uma) Fundação Pontifícia da Igreja em 2011. Todos os anos, a instituição atende mais de 5.000 pedidos de ajuda pastoral da Igreja em mais de (de bispos e superiores religiosos em cerca de) 130 países, incluindo: formação de seminaristas, impressão de Bíblias e literatura religiosa – incluindo a Bíblia da Criança da ACN com mais de 51 milhões de exemplares impressos em mais de 190 línguas; apoia padres e religiosos em missões e situações críticas; construção e restauração de igrejas e demais instalações eclesiais; programas religiosos de comunicação; e ajuda aos refugiados e vítimas de conflitos.